Do Corpo na Obra de Camille Claudel: as Exposições Como Espaço de Lazer
Por Priscilla Kelly Figueiredo (Autor), Andrea Moreno (Autor).
Resumo
A arte é um meio propagador de cultura e saberes elaborados e é, também, um dos conteúdos culturais do lazer, como forma de contemplação, emoção, fruição. Assim é preciso entendê-la como um veículo ideológico, cultural, histórico e intelectual para ser entendido e consumido criticamente. O objetivo deste estudo é olhar a arte pelo prisma do corpo na obra da escultora francesa Camille Claudel, trazendo desse corpo as representações sociais, a busca da beleza e do prazer que salta do imaginário da artista e entra no imagético do expectador. Entender Paris, a Belle Époque e seus personagens captados pela escultora são essenciais para adentrarmos no âmbito das exposições como forma de consumo do lazer. O que leva o expectador ao consumo cultural da arte e como utiliza-se da arte como um meio para um processo educativo são algumas questões relevantes ao consumo crítico do objeto artístico tratado, no caso, o corpo. Igualmente importante é tratar da imagem e suas relações de beleza e prazer, onde os corpos são passíveis de interpretações e questionamentos. Deixar que o olhar, os corpos e o imaginário ideológico da obra de Camille Claudel brinquem com os sentidos, com as emoções, fazendo da arte um meio educacional transmissor de conhecimento e cultura.