Resumo

Resumo: As atuais mudanças na divisão e organização do trabalho capitalista colocam como uma das exigências ao trabalhador, o acesso a novos conhecimentos. Buscamos compreender o que é o novo nestas mudanças, e o fazemos através de duas hipóteses. A primeira concerne à mudança de governo do trabalho, ou seja, dos homens como trabalhadores. Este governo não mais se escora na forma taylorista, porém repropõe seu ideal político. A segunda refere-se à vivência pelo trabalhador do acesso aos conhecimentos enquanto profissionalização e/ou qualificação de sua força de trabalho. Desenvolvemos nossas reflexões tanto em nível teórico quanto empírico. Em nível teórico discutimos a política reduzida à instrumentalização, no exercício do governo dos homens, na situação de trabalho. Relacionamos este governo com a concepção do trabalho como uso de si, do homem, como trabalhador. Esta concepção colocou como necessário ouvir os trabalhadores sobre suas atividades de trabalho através de entrevistas. Articulamos este nível empírico e o teórico com as questões do sujeito e do agente social presentes nessas hipóteses. Palavras-chave: subjetividade, política, trabalho como uso de si, (re)qualificação do ser trabalhador, "novas responsabilidades", profissionalização.