Resumo

O modo de vida dos jovens nas grandes metrópoles traz em seu bojo expressões de dança afeitas a um cenário urbano, onde a gestualidade fala menos de uma tradição herdada e mais de uma forma de estar no mundo ligada à estética de uma cultura jovem, propagada pela cultura de massa. Neste cenário despontam as danças de rua, originalmente ligadas ao universo do movimento hip hop. O objetivo deste ensaio é analisar como esta prática se ressignifica ao sair das ruas, descolando-se da sua origem, nas festas e eventos exclusivos da cultura hip hop, para ganhar espaços dedicados exclusivamente à dança break e outras modalidades das danças urbanas. Ao longo das discussões, os conceitos de Certeau (2008), sobre o agir estratégico e as astúcias do cotidiano guiaram nossas análises, bem como as propostas de Deleuze e Guatarri (2012), a partir da metáfora do espaço liso e do espaço estriado.

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