Resumo

A massificação do ensino superior e a sociedade do conhecimento exigiram um aumento significativo na demanda de docentes universitários. Formar um profissional capacitado no ensino superior passa pela atividade didáticopedagógica de um docente universitário competente, responsável por intercambiar o conhecimento produzido e o aluno. Mas a quem cabe a formação didáticopedagógica do docente? O artigo 66 da LDBEN n.º 9.394/96 define que os cursos de pós-graduação stricto sensu são responsáveis pela preparação do docente para o magistério superior. E os Planos Nacionais de Pós-Graduação (PNPG) que em sua primeira versão objetivavam a formação do docente universitário na pósgraduação stricto sensu transferiram essa responsabilidade para a pós-graduação lato sensu. Assim, a pós-graduação stricto sensu passou, prioritariamente, a formar pesquisadores a fim de alcançar a autonomia e o desenvolvimento nacional. Defende-se, como hipótese, que a pós-graduação stricto sensu não prepara didática e pedagogicamente seus alunos para atuarem como docentes no ensino superior. A partir desse contra-senso a presente pesquisa, de natureza qualitativa, tratando-se de um estudo de caso investigou um grupo de docentes, oriundos do curso de pós-graduação (mestrado) da EEFEUSP, os quais vivem o cotidiano universitário objetivando analisar: a) as conceituações de didática desses docentes; b) se o Curso de Pós-Graduação Stricto Sensu (mestrado) da EEFEUSP preparou didática e pedagogicamente seus alunos para atuar no ensino superior e c) como ocorreu a sua formação didático-pedagógica. Realizou-se revisão da literatura e documental referente à didática, à docência universitária, aos saberes docentes, aos planos nacionais de pós-graduação e ao curso de pósgraduação da EEFEUSP

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