Resumo
O presente trabalho teve como objetivo investigar alguns aspectos das (im)possibilidades de práticas inclusivas despontadas no horizonte da Educação Física escolar. Seu olhar volta-se especificamente aos alunos com histórico de deficiência, tema tão atual, polêmico e controverso, colocado nas relações institucionais de ensino, bem como fora delas. Para isso foram utilizados como fontes, primeiramente, quatro documentos referentes à educação, dois elaborados pelo MEC e dois pela Secretaria de Educação do Município de Florianópolis. A partir deles emergem nossas categorias de análise e seus desdobramentos. Basicamente nosso debate se dá a partir da concepção de uma educação redentora, da secundarização do conhecimento, da relação entre democratização e sucateamento, questões que florecem de um discurso romântico vinculado à proposta da educação inclusiva. A proposta do direito às diferenças dentro da escola leva-nos a indagar sobre o papel da Educação Física nessa tensa relação pedagógica. Debruçamo-nos, dessa forma, sobre três importantes trabalhos veiculados a área na busca de compreender como ela tem lidado com esse tema da educação contemporânea. Observamos que para as #quadras# das escolas pouco se tem pensado a respeito da escolarização desses sujeitos. Nota-se então, a necessidade da área assumir o debate em questão para que possa propor possibilidades metodológicas que incluam num mesmo espaço pessoas com e sem histórico de deficiência.