Dossiê Esporte no Rio de Janeiro
Por Victor Andrade de Melo (Autor), Leda Maria da Costa (Autor).
Em Revista do Arquivo Geral da Cidade Geral do Rio de Janeiro, n 13, 2017. Da página 461 a 464
Resumo
O recente ciclo de grandes eventos esportivos — entre os quais os Jogos Pan-Americanos (2007), os Jogos Mundiais Militares (2011), a Copa do Mundo de Futebol (2014) e os Jogos Olímpicos de Verão (2016) — que tiveram o Rio de Janeiro como sede, chamou a atenção para uma faceta da história fluminense/carioca que, a despeito de sua intensidade e importância, recebia pouca atenção nas esferas acadêmicas e intelectuais. Rapidamente se percebeu que essas competições não se tratavam de uma excepcionalidade na trajetória do munícipio; eram antes a definitiva celebração da “cidade esportiva”, uma vocação que vinha se constituindo desde o século XIX e deixou muitas marcas na urbe.
Mais do que isso, dado o impacto ocasionado pelos eventos no cotidiano da cidade, percebeu-se que nunca se tratou de um tema frívolo. É um assunto sério que se articula com as múltiplas dimensões culturais, econômicas, sociais e políticas de cada cenário histórico. As tensões que cercaram tais realizações, sem que tenha sido abandonado o prazer e o amor que se tem pelo esporte, foi sem dúvida uma motivação para que pesquisadores de diferentes áreas de conhecimento se debruçassem sobre o tema, a partir dos mais distintos pontos de vista e abordagens.
Findos os eventos, ainda estão para ser avaliados os ganhos e perdas a seu redor. De toda forma, inegavelmente esses fatos ficaram registrados na história do Rio de Janeiro, merecendo a sequência de nosso olhar atento. Este dossiê se insere nesse intuito. Nosso objetivo foi deixar um registro Apresentação 464 Victor Andrade de Melo Professor Titular da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) Leda Costa Realiza estágio pós-doutoral na Universidade do Estado do Rio de Janeiro e é professora do Centro Universitário Carioca (UniCarioca) Recebido em 12/07/2017 Aprovado em 30/07/2017 da trajetória do fenômeno na cidade. Para tal, tivemos em conta diferentes modalidades, períodos históricos, miradas teóricas e conceituais. Pensamos que tal esforço se coaduna com as importantes tarefas que tem desenvolvido o Arquivo Geral da Cidade do Rio de Janeiro no sentido de preservar o passado de nossa cidade.
Agradecemos a todos os colegas que aceitaram nosso convite para integrar este número e a Carolina Ferro e Beatriz Kushnir pelo convite. Esperamos que o leitor aprecie mais essa faceta de nossa história.