Duração do Aleitamento Materno e o Excesso de Peso
Por Vanessa Minossi (Autor), Suziane Maria Marques Raupp (Autor), Rita Timmers Townsend (Autor), Maria Lucia Rodrigues Lopes (Autor).
Em Cinergis v. 14, n 1, 2013. Da página 7 a 12
Resumo
Objetivo: Investigar a prevalência de excesso de peso e sua associação com a duração da amamentação. Método: Estudo transversal com 106 pré-escolares de Porto Alegre/RS. Realizou-se avaliação antropométrica e classificação do estado nutricional. Utilizou-se Teste Qui-quadrado e Curva de Kaplan-Meier para avaliar tempo de aleitamento materno (AM). Resultados: Na amostra, 55,6% (59) eram meninos. A classificação do estado nutricional foi realizada conforme escore-Z para os índices peso/idade (P/I), peso/estatura (P/E) e índice de massa corporal/idade (IMC/I), sendo a prevalência do excesso de peso 9,4% (10), 36% (36) e 38,7% (41), respectivamente. Quanto à amamentação, 69,8% (74) receberam AM até o 6º mês. Observou-se que 38,6% (41) dos pré-escolares que interromperam precocemente a amamentação exclusiva (AME ≤ 6 meses) apresentavam excesso de peso, verificando-se frequência levemente maior desse excesso (40%, n=2) entre os que não interromperam. Em relação ao excesso de peso entre crianças que interromperam precocemente o AM, constatou-se frequência pouco maior (45,2%, n=19), entre as que não interromperam, sem significância estatística entre a duração do AME e do AM e o excesso de peso. Conclusão: Concluiu-se que a prevalência de excesso de peso na amostra, foi elevada. Isso pode ser um reflexo do tempo insuficiente de AME e AM, demonstrado na curva de Kaplan-Meier.