é Possível Determinar a Economia de Corrida Através do Teste Progressivo Até a Exaustão?
Por Rômulo Cássio de Moraes Bertuzzi (Autor).
Em Revista Brasileira de Educação Física e Esporte (até 2003 Revista Paulista de Educação Física) v. 24, n 3, 2010. Da página 373 a 378
Resumo
O objetivo do presente estudo foi verificar a possibilidade de se estimar a economia de corrida (EC) a partir do coeficiente angular gerado pela relação VO2 vs. intensidade de testes progressivos até a exaustão (ECINCLINA). Para tanto, 16 corredores de provas de longa duração (idade 32 ± 7 anos, massa corporal 70,0 ± 6,7 kg, estatura 173,3 ± 5,0 cm, O2máx 57,9 ± 5,8 ml·kg-1·min-1) foram submetidos a um teste incremental e a dois testes de cargas constantes (12 km·h-1 e a intensidade de 90% do segundo limiar ventilatório) para a mensuração da EC. Foram detectadas correlações fracas entre o ECINCLINA e a EC estabelecida a 12 km·h-1 (r = 0,49; p = 0,054) e na intensidade de 90% do segundo limiar ventilatório (r = 0,55; p = 0,027). Além disso, o ECINCLINA também estava negativamente correlacionado com a concentração sanguínea de lactato (r = -0,75; p = 0,001) e a razão de troca respiratória (r = -0,80; p < 0,001) mensuradas ao final no teste progressivo. Portanto, esses achados sugerem que, embora a sua aplicação para determinar a EC seja limitada, o ECINCLINA pode ser um parâmetro alternativo empregado para o diagnóstico da aptidão de corredores de provas de longa duração devido a sua relação com o metabolismo anaeróbio.