Economia de Movimento, Vo2 Máximo e Desempenho Aeróbio de Meninos de 10-15 Anos de Idade
Por Thiago Lorenzi (Autor), Daniel Garlipp (Autor), Alexandre Marques (Autor), Eraldo dos Santos Pinheiro (Autor), Rodrigo Rodrigues (Autor), Adroaldo Cezar Araujo Gaya (Autor), Gabriel Gustavo Bergmann (Autor), Mauren Bergmann Gomes Costa (Autor).
Em XI Congresso de Educação Física e Ciências do Desporto dos Países de Língua Portuguesa
Resumo
O teste de resistência aeróbia dos 9 minutos é amplamente utilizado como indicador
dos níveis de aptidão cardiorrespiratória de crianças e adolescentes. Não obstante,
fatores biológicos e/ou mecânicos podem influenciar diretamente no desempenho
final do teste em crianças e jovens. Assim, o objetivo deste estudo foi identificar o
coeficiente de determinação do VO2máx. e da economia de movimento (EM) no
desempenho do teste de corrida-caminhada de 9 minutos, controlando o efeito da
maturação biológica. A amostra do estudo foi não aleatória por conveniência,
constituída por 27 meninos, entre 10-15 anos de idade. O estágio maturacional foi
determinado de acordo com a pilosidade púbica através de TANNER (1962). A EM
(4 minutos em velocidade constante) e VO2máx. (maior valor de VO2 atingido no
teste) foram obtidos através de um teste de esteira de carga progressiva até a exaustão.
O teste de 9 minutos foi realizado conforme PROESP-BR (2002). Utilizou-se correlação
parcial de Pearson com nível de significância de 5%. As correlações foram
categorizadas conforme MALINA (1996). Os resultados demonstram correlações
altas e estatisticamente significativas tanto de VO2máx. (r=0,62), quanto de EM
(r=0,73) com o teste de 9 minutos. Ao controlarmos o efeito da maturação biológica
nas relações entre VO2máx.(r=0,66) e EM (r=0,75) com o teste aeróbio, verificamos
um leve incremento nos coeficientes de correlação. Assim, podemos detectar que a
EM e VO2máx. explicam respectivamente 56% (0,752) e 43% (0,662) da variação
do desempenho do teste. Além disso, a maturação biológica parece exercer pouco
efeito na relação destas variáveis com o teste de 9 minutos, pois não altera
significativamente os valores de correlação. Estes resultados, ao apontar uma
significativa influência da EM no desempenho do teste de 9 minutos, leva-nos a crer
que o VO2máx., de forma isolada, pode não representar a forma mais efetiva da
expressão da aptidão cardiorrespiratória