Resumo

EDITORIAL: Revista Motricidade Vol. 02 N.º01 Janeiro ‘06 A Academia Portuguesa de Ciências do Desporto. Iniciamos, com o presente número, o segundo volume da Motricidade e comemoramos, agora sim, o aniversário da publicação do primeiro exemplar. Diz o povo “Ano Novo...Vida Nova...”. Fazendo, pois, justiça a esse dito popular, procurarei evitar repetir-me edição após edição (sim... tenho consciência de o ter feito). Assim, as habituais informações relacionadas com o percurso gradual que o periódico vem sofrendo (entrada de novos colaboradores, procedimentos para indexação da Motricidade, etc), bem como os justos agradecimentos a todos aqueles que tem ajudado na construção do mesmo, serão menos frequentes. Antes, tentarei aproveitar esta secção da revista para abordar sumariamente temáticas que sejam actuais, pertinentes e de alguma forma associadas com a missão, objecto ou objectivos da Motricidade. Nesse sentido, gostaria neste momento de partilhar com os leitores uma brevíssima opinião relativa ao trilho que percorre actualmente a Academia Portuguesa de Ciências do Desporto. Um parêntesis para dois esclarecimentos. Primeiro, não obstante me ser particularmente grata a designação de Ciências do Desporto (pois fi z a minha formação académica inicial sob essa classifi cação e trabalho há mais de uma década numa instituição em que a mesma e igualmente aceite) não pretendo ignorar ou desconsiderar as outras que são usadas no seio da nossa Academia. Cada instituição tem a sua história, o seu percurso e, por vezes, a sua designação. Nada disso é beliscado pelo “candidato a acrónimo” que usei no título do presente Editorial (na verdade o acrónimo APCD até existe no nosso País mas com outra designação). De resto até a própria designação deste periódico poderia sugerir uma aparente aproximação a outra nomenclatura clássica em Portugal (o que não tem qualquer fundamento conforme expliquei no Editorial do numero anterior). O segundo esclarecimento que quero prestar e que na verdade estas linhas não são uma tentativa de propor um acrónimo e a subjacente existência de uma entidade representada por ele. Não que ela não pudesse ser constituída, nem que deixássemos de apoiar esta ideia, mas honestamente não e esse o propósito deste texto. A minha motivação e inspiração para escrever sobre esta temática, advêm da proximidade de um evento que julgo que e de destacar e que poderá (esperamos) fazer historia. Refi ro-me a apresentação pública que decorrera (decorreu para a maioria dos leitores que lerão estas linhas após essa data) no Porto no início de Fevereiro de 2006 – Apresentação da Comissão Multidisciplinar do COP que apoiará o Projecto Pequim 2008 com intervenção das Instituições de Ensino Superior Associadas ao mesmo. Nada é perfeito, e a nossa Academia também não o é. Mas observando o seu trajecto nos últimos 20 anos, é minha convicção que estamos melhor. Notese que um melhor colectivo de um conjunto de pessoas trabalhando em causas próximas nem sempre resultará de um trabalho em equipa. Se cada um fi zer mais e melhor, o todo será inevitavelmente melhor (mesmo não atingindo o óptimo). Assim, não poderei talvez afi rmar que “remamos” todos na mesma direcção e sentido, mas julgo que estamos a aproximarmo-nos a uma “velocidade de cruzeiro” de alguns objectivos e concretizações que só enaltecem esta Academia Portuguesa de Ciências do Desporto. Ora, a tal sessão pública de que falamos ilustra precisamente esse rumo. Nunca o Comité Olímpico de Portugal havia dado igual destaque e voz ás Universidades, Faculdades e Escolas que em Portugal tem por objecto o Desporto de Rendimento. E por esse motivo esse evento e histórico. Se depois a história o recordará como bom ou não, isso é outra estória... Mas de momento julgo que temos que congratular o COP e as Instituições que tem trabalhado neste projecto e ter esperança que essa aproximação dê frutos para “os dois quintais”. O Editor Victor Machado Reis IV miolo12.indd 4 26-02-2006 22:19:55