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Os Cadernos de Formação RBCE, em seu objetivo de dialogar com os professores de Educação Física, compartilhando seus saberes e práticas a partir, principalmente, de relatos de experiência, vêm gradativamente aumentando a diversidade em seus artigos publicados, seja no que diz respeito aos temas trabalhados, mas também, às regiões de onde provêm tais manuscritos. O presente número é um exemplo deste movimento, com textos que abarcam discussões sobre corpo e sua educação, sobre alimentação no contexto escolar, além das experiências de ensino de Educação Física nos diferentes níveis: fundamental, médio e também na educação infantil. O primeiro deles, de autoria de Ricardo Crisorio, traz a proposta de repensar a Educação Física como Educação Corporal, situando o debate na nossa vizinha Argentina. Em seguida encontramos o artigo de Thiago Perez Jorge com uma reflexão sobre as possibilidades de educação alimentar na escola que privilegie a relação prazerosa com a comida. Já os relatos lidam com distintas temáticas. Marília Freire descreve o trabalho com uma turma de 9º ano da Rede Estadual Paulista, que lidou com o jogo como prática social e política. As experiências com o Ensino Médio tratam da inserção da escalada nas aulas de Educação Física no Espírito Santo e do ensino de Ginástica Rítmica na cidade de Natal/RN, ambas práticas corporais não hegemônicas e ainda pouco sistematizadas no âmbito da Educação Física escolar. No que concerne à educação das crianças pequenas (de 0 a 5 anos), o relato vindo do município de Serra/ ES traz possibilidades pedagógicas elaboradas para tratar do tema sustentabilidade, elencado como norteador do projeto geral da Unidade de Ensino. Ainda no contexto da Educação Infantil, tem-se as experiências realizadas com crianças do Grupo 1 (de 4 meses a 1 ano de idade) em uma Creche de Florianópolis/SC, tanto nos momentos de Educação Física, quanto em outros que conformam a rotina da instituição. 8 Cadernos de Formação RBCE, p. 7-8, set. 2013 Apesar da crescente diversidade, o volume de submissões aos Cadernos ainda é pequeno, se considerarmos a riqueza de experiências de Educação Física espalhadas por todo o Brasil, bem como pela América Latina. Seguimos convidando os autores destas práticas que o sejam também de textos que as descrevam e as discutam, contribuindo não apenas com os Cadernos, mas com a oxigenação da própria Educação Física Escolar.

Florianópolis, setembro de 2013.

Alexandre Fernandez Vaz Michelle Carreirão Gonçalves

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