Editorial
Por Alexandre Valle (Autor).
Em E-Legis - Revista Eletrônica do Programa de Pós-graduação da Câmara dos Deputados v. 11, n 1, 2018. Da página 1 a -
Integra
A ação da Comissão do Esporte no sentido de promover o desenvolvimento científico no contexto do esporte no Brasil tem sua continuidade na segunda edição do projeto Concurso de Artigos Científicos da Comissão do Esporte da Câmara dos Deputados.
O certame, instituído pelo requerimento nº 216/18, aprovado na Reunião Deliberativa Ordinária da Comissão do Esporte de 11 de abril de 2018, contemplou três temáticas:
1. Esporte educacional e inclusão social: esporte no sistema de ensino; esporte como inclusão social de jovens e adultos; esporte na terceira idade; esporte e promoção de saúde; gênero e esporte; legado social das olimpíadas.
2. Esporte de rendimento: formação para o esporte; pesquisas sobre desempenho no esporte de alto rendimento; relação entre subsídios para o esporte e desempenho; legado esportivo das olimpíadas.
3. Políticas do esporte: gestão do esporte, programas de incentivo ao esporte; financiamento do esporte; papel das entidades no esporte nacional.
Os artigos submetidos se distribuem conforme o Gráfico 1.
Assim, abrindo o número da publicação dos artigos, tratamos dos vencedores no tema Esporte educacional e inclusão social. O trabalho elaborado por Fagner José Passos, de Monte Belo (MG), traz relevante contribuição metodológica ao “comparar as percepções dos alunos com deficiência intelectual e professores de educação física sobre a inclusão no contexto escolar”, no texto intitulado “Inclusão no contexto escolar: percepções de alunos com deficiência intelectual e professores de educação física”, medalha de ouro na temática. Na sequência, a medalha de prata é do candidato Rafael Marques Garcia, de Brotas (SP), com o artigo “Ressignificações no esporte através da performance de Tifanny Abreu”, no qual narra a bem-sucedida trajetória da atleta trans de voleibol. O terceiro lugar da temática ficou com Tatiana Flores Rodrigues, de Uberlândia (MG), com o trabalho “O rugby aplicado nas escolas municipais de Uberlândia através do legado social e esportivo dos Jogos Rio 2016™”, que detalha o treinamento das delegações olímpicas e paralímpicas dos países da Bélgica, Egito, Irlanda e Sérvia, realizado na cidade de Uberlândia e como essa experiência incentivou o desenvolvimento do turismo e do esporte local.
Dando sequência à publicação com o tema Esporte de rendimento, a medalha de ouro foi para o trabalho de Natalia Franco Netto Bittencourt, de Belo Horizonte (MG), ao concluir que a implementação de programa preventivo reduz em 43% os dias de afastamento e em 17% as lesões dos atletas jovens, finalizando pesquisa sobre o “Impacto de um programa preventivo multidisciplinar na frequência de lesões em atletas jovens”. A medalha de prata foi de Matheus Mageste Guimarães, do Rio de Janeiro (RJ), que analisa o “Efeito de diferentes protocolos de cluster set sobre o desempenho do salto vertical”, concluindo que os protocolos de Cluster e Treino Tradicional são eficientes de acordo com as especificidades do desempenho dos atletas de salto vertical. O terceiro lugar vai para Ramon Bisson Ferreira, de Piracicaba (SP), que aborda “O certificado de clube formador como colaborador da formação humana e desportiva de atletas de futebol”, apontando estudo dos dispositivos legais e regulamentares atinentes à certificação e indicando os requisitos exigidos e os procedimentos para que um clube de futebol obtenha o certificado de clube formador, o que afeta os jovens que sonham com o futebol profissional.
O bloco que fecha o número é o do tema Políticas do esporte. No artigo “Um modelo para a gestão de informações do esporte de alto rendimento no Brasil”, que leva a medalha de ouro, o autor, Alan de Carvalho Ferreira, de Brasília (DF), apresenta um modelo para a gestão de informações do esporte de alto rendimento no Brasil utilizando ferramentas de tecnologia da informação. A medalha de prata no tema vai para o artigo de Fernando Henrique Silva Carneiro, de Goiânia (GO), que conclui ser a fonte orçamentária a que recebeu mais recursos no período de 2004 a 2015, sendo que, ao longo do tempo, a extraorçamentária e a de gastos tributários apresentaram considerável crescimento, no artigo intitulado “O financiamento esportivo brasileiro: proposta de metodologia crítica de análise”. Finalizando, a medalha de bronze do tema políticas do esporte foi para o artigo “Fundos patrimoniais e fundos de apoio como ferramentas de financiamento do esporte no Brasil”, de Rene Vinicius Donnangelo Fender, de São Paulo (SP), que, por meio de um estudo comparado de fundos de apoio de Japão, Austrália, Alemanha e EUA, conclui que a transparência no processo de doações de ambos os fundos é fundamental para o sucesso do mecanismo de diminuição de dependência de recursos públicos.
Boa leitura!
Deputado ALEXANDRE VALLE
Presidente da Comissão do Esporte