Educação ambiental e aventura: análise dos trabalhos apresentados no congresso brasileiro de atividades de aventura de 2006 a 2008
Por Melissa de Carvalho Souza (Autor), Camila da Cruz Ramos de Araujo (Autor), Leonessa Boing (Autor), Alcyane Marinho (Autor), Jóris Pazin (Autor).
Em VII Congresso Brasileiro de Atividades de Aventura - CBAA
Resumo
Nos dias atuais as atividades realizadas na natureza vêm ao encontro da necessidade do ser humano em vivenciar experiências no ambiente natural (BAHIA; SAMPAIO, 2005). Situação esta que requer um redirecionamento referente às questões educacionais envolvidas Neste contexto, pode-se destacar a educação ambiental, entendida como espaço privilegiado no constante movimento de mudanças para melhores condições de vida, reforçando a participação e o engajamento crítico e criativo dos sujeitos (MARINHO, 2004). Dessa forma, este estudo teve como objetivo investigar a concepção de educação ambiental adotada nos trabalhos apresentados no Congresso Brasileiro de Atividades de Aventura (CBAA) no período de 2006 a 2008. Optou-se pela pesquisa exploratória, realizada por meio de análise documental feita nos anais do I, II e III CBAA, que ocorreram no período de 2006 a 2008. A busca nos anais foi realizada tanto para a modalidade pôster quanto para comunicação oral, utilizando-se a palavra-chave: educação ambiental. Foi considerado o número total de trabalhos que apresentou no título ou no corpo do texto o termo educação ambiental. Os dados foram analisados descritivamente, com base na técnica de análise de conteúdo temático e classificados em da seguinte forma: concepção implícita de educação ambiental; concepção explícita de educação ambiental e não aborda a educação ambiental. Os resultados demonstraram que, dos 143 trabalhos apresentados nas três primeiras edições do Congresso, ocorreram 52 incidências de concepção implícita de educação ambiental, e apenas sete para concepção explícita de educação ambiental. Dentre os trabalhos que apresentaram concepção explícita, um abordou a educação ambiental no contexto da educação física escolar, dois no âmbito universitário, em projetos ou disciplinas relacionados à temática e quatro no ambiente do lazer, seja em trilhas ecológicas, parques ou praças, corroborando dessa forma com o tratado de educação ambiental para sociedades sustentáveis, em que é abordada a educação ambiental como um ato político, fundamentada em valores para a transformação social, e ainda baseada em um pensamento crítico e inovador, devendo ser discutida em todos os espaços de educação formal, informal e não formal, para todas as faixas etárias.