Resumo

Este ensaio discute o letramento racial como perspectiva fundamental para a formação docente e a transformação pedagógica na Educação Física. Partindo de uma experiência autobiográfica – o impacto de ver Serena Williams, uma mulher negra, ocupar um espaço elitista como o tênis –, o texto argumenta que a Educação Física é um território de disputa racial, onde corpos e saberes são hierarquizados. O artigo estrutura-se em três movimentos: explora o letramento racial como ferramenta de leitura crítica do currículo; analisa a insurgência do corpo negro como expressão de resistência e ressignificação curricular; e propõe caminhos para uma formação docente antirracista, orientada pela descolonização do conhecimento e pela valorização de gestos, estéticas e saberes corporais negros. Conclui-se que a implementação do letramento racial é essencial para transformar a Educação Física em um espaço de cura epistêmica e reinvenção do humano.

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