Resumo

A Educação Física, definida na Lei de Diretrizes e Bases da Educação, Lei nº 9.394/96, como componente curricular obrigatório na educação básica, tem experimentado um crescimento no raio de atuação nas diferentes etapas escolares (educação infantil, ensino fundamental e médio). É no ensino noturno que a disciplina vem alcançando um atendimento inédito, ampliando a sua presença na formação discente (OLIVEIRA E LISBOA, 2000). Os referidos autores descrevem um panorama preocupante em relação à educação física noturna, com concepções dos docentes pautadas na recreação, lazer e exercícios compensatórios. A legislação educacional brasileira (LDB 9394/06) coloca, em seu texto original, a disciplina em voga como facultativa no ensino noturno, sendo revogado sete anos depois, estabelecendo a educação física como componente obrigatório no terceiro turno, onde a prática passava a ser facultada. Assim, a especificidade dos alunos e da dinâmica do trabalho pedagógico tem levado a disciplina a refletir sobre seu lugar na formação do aluno do ensino noturno, levantando questões metodológicas, como é demonstrado no estudo de Oliveira (2000), que trabalha na construção e aplicação de uma abordagem de educação física no ensino noturno pautado na construção de conhecimento e participação discente. Logo, neste cenário de novos espaços a serem explorados, como anda o debate na área da educação física sobre o ensino noturno?
O presente estudo partiu da necessidade do subprojeto Autonomia, Educação Física e Conhecimento, projeto que compõe o Programa Institucional de Bolsas de Iniciação à Docência – PIBID/UFRJ, de uma leitura mais detalhada com a temática do ensino noturno. Desafiado a atuar no ensino noturno, o grupo de trabalho apontou a relevância de analisar o cenário das pesquisas sobre a educação física no ensino noturno, a partir das publicações teóricas da área.

Acessar