Educação Física Escolar, Celeiro de Atletas Olímpicos: o Infalível Método de Detecção e Desenvolvimento de Talentos Esportivos
Por João Batista Freire (Autor).
Parte de Educação Física Escolar e Esporte de Alto Rendimento: Dá Jogo? . páginas 2
Resumo
Anos atrás escrevi: “Há tantos anos ouço autoridades ligadas ao esporte de rendimento reivindicarem a Educação Física na escola como espaço de descoberta e desenvolvimento de talentos para o esporte de alto rendimento que me rendi aos apelos. A partir deste exato instante abraço a causa e proponho tornar a escola um celeiro de talentos, craques, futuras celebridades, porta-medalhas de nosso torrão verde e amarelo, para realização e glória do desporto nacional.
Mas, e aproveitando o ensejo, uma vez que vamos transformar a Educação Física e seus professores em caçadores de talentos, exponho meu projeto, onde sugiro estender o benefício a todas as disciplinas, atualizando e alterando de vez nosso ultrapassado modelo educacional. Assim, em vez de nos tornarmos campeoníssimos somente em esportes, tornar-nos-emos também os bambambãs de tudo, da matemática às artes, do português à astrofísica. Quem sabe não esteja aí a chave do segredo para, num futuro breve, chegarmos aos nobéis, uma galeria deles! Uma advertência, porém: Prêmio Nobel não vale para o esporte; para este o correspondente é a vitória olímpica e os mundiais desta ou daquela modalidade.
Fiquemos com a metáfora, antes que eu me adiante: um dos segredos das indústrias de processamento de frutas, é o descarte das que estiverem estragadas. Não dá para imaginar um grande vinho, daqueles caríssimos, que podem ser guardados por anos e anos, feito com uvas podres ou defeituosas. O vinicultor tem o cuidado, e o pudor, de mandar para o lixo qualquer baguinho que não seja perfeito.