Educação física escolar inclusiva e adaptada
Parte de Educação física escolar para todos : além da cultura da bola . páginas 38 - 55
Resumo
O processo de inclusão passou por diversas áreas — entre elas as Humanas, as Sociais e as Políticas — e vem crescendo aos poucos na sociedade contemporânea, com o objetivo de auxiliar o desenvolvimento geral de todas as pessoas, contribuindo na reconstrução das práticas e dando ênfase às ações que necessitam ser urgentemente mais inclusivas e livres de preconceitos (SASSAKI, 1997). Para Mazotta e D’Antino (2011), a inclusão social está associada às pessoas que apresentam algum dano de caráter físico, pessoal, psicológico, cultural, educacional ou social. A educação para todos não está envolvida somente com a escola e com a educação em si, dependendo muito das relações políticas sociais, da acessibilidade e das distribuições de rendas (LAPLANE; GOES, 2004). Para um melhor entendimento de como chegamos ao atual conceito de Educação Inclusiva, precisamos, inicialmente, entender como e quando este tema passou a ser relevante no processo histórico educacional do Brasil. As pessoas com deficiência, alunos das redes escolares de ensino regular, passaram a ser acolhidas através do vocábulo “inclusão” justamente com a reformulação da Lei de Diretrizes e Bases da Educação Brasileira (LDB), n.º 9394/1996 (BRASIL, 1996), em concordância com a Constituição Federal de 1988 (BRASIL, 1988) e com a Declaração de Salamanca, de 1994, através da magna carta, com o Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA) e com a Convenção da Guatemala, em 2001 (BRASIL, 2001). Nessa época, para o processo de inclusão no ensino regular para portadores de necessidades especiais, era utilizado o termo (PNEE), referindo-se ao que, hoje, chamamos de Pessoas com Deficiência, porém esse termo (PNEE) continuou sendo utilizado entre a maioria dos educadores, incluindo os da área da Educação Física, com o objetivo de incluir todos os alunos às aulas com atividades práticas, principalmente os que, até então, eram excluídos, como, por exemplo: gestantes, alunos com problemas de saúde, entre outras características, que fugiam ao “padrão ideal” para a prática de atividades físicas. Além desse termo, encontramos, também, o termo NEE (Necessidades Educacionais Especiais), que possui o mesmo enfoque de desenvolver aulas de Educação Física realmente inclusivas, aulas de todos para todos