Resumo
O presente estudo procurou realizar um trabalho de campo no sentido de serem tabuladas informações que, analisadas à luz do referencial teórico da Ciência da Motricidade Humana e do novo conceito de homem, subsidiassem possíveis projetos de reestruturação da disciplina de Educação Física escolar . No estudo aqui realizado, advogo, que as atividades desenvolvidas devem contribuir com o desenvolvimento de uma cultura de promoção da saúde. Isso se torna possível, através de práticas significativas, onde aconteça a participação com prazer por parte dos alunos, e que os professores utilizem além de sua competência técnica advinda de seu conhecimento acadêmico, a sua criatividade, que aliadas à informação, forme consciência entre os escolares da necessidade de se desenvolver um estilo de vida saudável. Para efetivação do estudo, realizei uma pesquisa, onde foram coletados dados de 120 (cento e vinte) alunos na faixa etária de 14 a 16 anos e 10 (dez) professores, de duas escolas da rede de ensino privada da cidade de Fortaleza, que ofereciam condições plenas em sua estrutura para o desenvolvimento das aulas, possuindo: ginásio coberto, salas de dança e ainda vasto material pedagógico. Como instrumento de coleta de dados, foi utilizado para os alunos, um questionário tipo formulário, composto de questões abertas e fechadas. Ainda como instrumento de coleta das informações dos alunos, criou-se um grupo focal através de escolha aleatória composto por alunos das escolas pesquisadas. Quando da pesquisa com os professores, utilizou-se a técnica de entrevistas semi-estruturadas. O estudo mostrou, que 70% dos alunos respondentes consideram importante a Educação Física na escola. Para os professores, 100% consideram importante essa disciplina, configurando-se em dado positivo para o estudo. Quando na pesquisa me refiro às atividades praticadas, 45% dos alunos responderam que o esporte é a única atividade proposta nas aulas e 55% afirmaram existir outras atividades. Na entrevista com os professores porém, ficou evidenciado que outras atividades fora o esporte, como: dança, lutas, jogos e brincadeiras, são ocasionais e não sistemáticas, ocorrendo sem um compromisso de se configurarem também como conteúdo. Com relação à oferta de informações relacionadas à qualidade de vida e promoção da saúde durante as aulas, ficou constatado, que os professores envolvidos na pesquisa, ainda não incorporaram a informação em suas aulas. Assim os alunos não percebem as atividades corporais praticadas na Educação Física escolar, como elemento de importância para que se desenvolva um estilo de vida saudável. Ao levantar dados e estudá-los, proponho uma reflexão sobre os conhecimentos necessários e possíveis de serem adotados na disciplina de educação Física escolar, que não servirá somente aos alunos, mas também aos professores que por ela se responsabilizam, buscando dessa maneira o significado e reconhecimento social devido. Para isso, sugiro uma mudança no modo de pensar e atuar desse professor.