Resumo

Resumo: Durante o envelhecimento organismo sofre alterações em todos os seus sistemas, levando a prejuízos funcionais. As dificuldades para realizar algumas atividades diárias também estão relacionadas às barreiras arquitetônicas como o acesso ao ônibus coletivo, pois a maioria possui degraus demasiadamente altos. Essa barreira pode impedir ou dificultar o uso desse meio de transporte por idosos. Nesse sentido, conhecer o quanto de força muscular de membros superiores e inferiores os idosos necessitam para subir em um ônibus coletivo, é de extrema relevância. Esta tese é apresentada em dois estudos, sendo o primeiro com objetivo de verificar a reprodutibilidade de dois dinamômetros, construídos especialmente para o estudo, em formato de corrimão que avaliam a força de preensão manual e tração de braço; e o segundo avaliar a contribuição dos músculos de membros superiores e inferiores na tarefa de subir degraus de acesso ao ônibus coletivo em indivíduos idosos. A amostra foi constituida num total de 104 paticipantes, 24 no primeiros estudo (12 idosos e 12 jovens) no e 80 no segundo (40 idosos e 40 jovens como controles) participantes. Inicialmente foram avaliadas as CVM (contração voluntária máxima) de preensão manual e tração de braço pelos dinamômetros em formato de corrimão e a CVM de flexão e extensão do joelho com eletromiógrafo em uma cadeira flexora e extensora. Na sequência os participantes foram submetidos à tarefa de subir o primeiro degrau em um protótipo com as dimensões do acesso ao um ônibus coletivo com altura original do primeiro degrau de 40 cm e corrigida para10cm. Os dinamômetro/barra foram reprodutíveis apresentado baixos erros de medida tanto para os idosos quanto para os jovens, com índices de correlação intraclasse acima dos 0,95 para todas as variáveis. Os idosos tiveram maior contribuição da força de membros superiores e inferiores em comparação aos jovens (p<0,05) na maioria das variáveis e nas diferentes alturas dos degraus. Idosos e jovens executaram significativamente maior força em cinco das seis variáveis analisadas para subirem o degrau de 40cm em relação ao de 10cm (<0,05). Foi observado também que as mulheres idosas executaram mais força para subir os degraus do que os homens idosos nas variáveis de preensão manual esquerda em 40cm e 10cm e na tração de braço esquerda em 40cm (p<0,05). Conclui-se que os dinamômetros/barra apresentaram boa reprodutibilidade e que os idosos precisam de uma contribuição maior de força muscular do que os jovens para subir os degraus de um ônibus coletivo independente da altura do degrau. O estudo mostrou também que idosos exercem menos força no degrau de 10cm em relação ao de 40cm. Esses resultados podem contribuir diretamente para novas políticas públicas que possam melhorar o acesso ao transporte público para uma maior inclusão da população idosas.

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