Educação física na escola básica: diálogos e percepções sobre sociabilidades adolescentes
Por Anderson Patrick Rodrigues (Autor).
Parte de Educação Física na Escola Básica No Chão da Escola . páginas 146 - 177
Resumo
É comum, ao pensarmos em adolescentes ou em adolescência, chegarmos em uma imagem estereotipada ligada à transição de uma fase inicial a uma fase final, ou seja, a passagem da infância para a fase adulta. Há, ainda, um imaginário coletivo que liga a adolescência à rebeldia, já que falamos de um período caracterizado por constantes conflitos, estresses, mudanças biológicas, impulsos hormonais e sexuais, além e outros fatores que interferem, diretamente, sobre nossos atos e pensamentos nesta fase. Este estereótipo é, pois, fruto de uma visão naturalizada pela Ciência, em especial pela Psicologia, facilmente assimilada e ratificada pela cultura ocidental (CONTINI; KOLLER; BARROS, 2002). Naturalizar esta visão estereotipada de adolescência e de adolescente marca aquela como um estado, ou seja, um período transitório entre infância e maior idade; e este, como um ser em construção, tendencioso ao desprendimento da infância, mas sem “lugar temporal”, ainda que dentro de um delimitado espaço de tempo que finda na fase adulta.