Resumo

A educação física não escolar está instituída como dimensão pedagógica inerente à execução das medidas socioeducativas de internação, aos jovens autores de atos infracionais, no Estado de São Paulo. Esta prática social não escolar é obrigatória e deve ser oferecida por 3 horas semanais aos jovens, tendo como pressuposto incorporar o aluno na cultura corporal de movimento. Diante do número ainda escasso de produções sobre o tema, a Fundação CASA se apropria dos saberes produzidos sobre educação física escolar para ancorar suas práticas. Alguns estudos, como os de Andrade (1997), Mata (2004) e Domingos (2014) produzem discussões sobre a educação física não escolar da Fundação CASA e revelam o forte teor esportivo dado às suas diretrizes, adequando suas práticas às necessidades do sujeito neoliberal. Diante disso, este estudo tem como questão norteadora: como tem se constituído a educação física institucional na medida socioeducativa de internação no Estado de São Paulo? Para responder a esta questão foram delineados os seguintes objetivos: caracterizar a proposta pedagógica da educação física da Instituição; identificar e analisar as práticas educativas; analisar as dificuldades institucionais para a efetivação da educação física não escolar no CASA; compreender como os jovens vivenciam as práticas educativas no dia a dia da Instituição. Para tanto, utilizou-se da abordagem qualitativa em educação, por meio de observações participantes e rodas de conversa com os jovens, sendo os dados registrados em diários de campo

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