Resumo

A participação dos estudantes nas práticas corporais experienciadas nas aulas de Educação Física é reduzida de forma significativa ao longo da Educação Básica, especialmente nos anos finais do ensino fundamental e no ensino médio. Esse afastamento se torna mais evidente à medida que eles avançam em seus estudos e são diversos os fatores responsáveis para que os estudantes se recusem a participar das práticas corporais previstas para as aulas. O objetivo deste estudo foi identificar o impacto do planejamento participativo como ferramenta para incentivo dos estudantes nas práticas corporais experienciadas para as aulas de educação física. O estudo foi realizado com a utilização da metodologia qualitativa, através de pesquisa exploratória e pesquisa-ação, em uma escola da Rede Estadual de Ensino do Rio Grande do Norte, tendo como população 25 estudantes regularmente matriculados no Ensino Fundamental, no 9º ano A, turno matutino da Escola Estadual Dr. Sílvio Bezerra de Melo, em Currais Novos. Os instrumentos utilizados para coleta das experiências foram: questionário, entrevista, diário de campo e observação, sendo as experiências relatadas analisadas através da análise descritiva. A pesquisa, cadastrada na Plataforma Brasil sob o nº 15865919.0.0000.5537, foi aprovada pelo Comitê de Ética com parecer de aprovação nº 3.474.756 datado de 29 de julho de 2019. Os resultados indicam que o planejamento participativo é uma ferramenta muito eficiente para superação do afastamento das práticas corporais experienciadas nas aulas de Educação Física, especialmente na divisão da responsabilidade entre professor e estudantes para o sucesso das aulas, na motivação e interesse dos estudantes para a participação nas aulas e na motivação do professor com as aulas em função da mudança de comportamento dos estudantes.

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