Resumo

O objetivo desse ensaio foi analisar, em primeiro momento, como que as políticas educativas neoliberais tentam produzir um currículo padronizado para controlar completamente o sistema educativo, na perspectiva de colocar em prática o seu projeto societário. Após esse debate, pretendemos mostrar movimentos de resistência organizados pelo Instituto Federal de São Paulo (IFSP) na produção curricular e de práticas político-pedagógicas da Educação Física em diversos Institutos Federais. Portanto, defendemos a revogação de todas as reformas que foram promulgadas sobre o ensino médio brasileiro nos últimos anos, assim como, lutar coletivamente pelo retorno da proposta de formação integrada, da escola unitária e da politecnia, pois a formação da juventude não pode se assentar na concepção de trabalho de caráter neoliberal capitalista, mas precisa ter como intencionalidade epistemológica a sua concepção ontológica, que torna efetivamente trabalho como princípio educativo. Especificamente sobre a Educação Física Escolar, entendemos que as aulas do componente, dentro desse contexto de resistência, precisam contribuir para a formação omnilateral do ser humano, apresentando os saberes produzidos pela humanidade sobre os aspectos sociais, políticos, econômicos, históricos, biológicos e fisiológicos das práticas corporais para os(as) estudantes, ampliando a sua leitura de mundo sobre esses temas.

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