Educação Física no Sistema Educativo Português: Um Espaço de Reafirmação da Masculinidade Hegemônica
Por Paula Silva (Autor).
Resumo
Estudar as questões de gênero implica análises à onstrução das masculinidades e feminilidades, cientes de que estas são históricas, mutantes e provisórias. O odo adequado de se tornar homem adulto, numa determinada sociedade, é uma construção cultural que ode implicar em vivências mais ou menos dramáticas. "Ser homem", nunca se reduz aos caracteres exuais, mas sim a um conjunto de atributos morais de condutas socialmente sancionadas e onstantemente reavaliadas, negociadas, relembradas, ou seja, em constante processo de construção (VALE DE LMEIDA, 2000). O desporto, considerado como um território de prevalência masculina tem sido palco rivilegiado para a construção de determinadas representações de masculinidade, seja no alto rendimento, no lazer ou na escola. Identificando-o como um espaço de generificação dos corpos, este estudo tem omo objetivo analisar representações de masculinidade hegemónica no âmbito da disciplina urricular Educação Física no sistema educativo português. Os dados analisados provêm de entrevistas emi-estruturadas feitas a 10 docentes e 40 discentes e da observação de 60 aulas. O processo de nálise dos dados orientou-se pela abordagem qualitativa onde foi utilizada a aplicação indutiva de onceitos ’sensitizing’ (PATTON, 2002). As entrevistas foram sujeitas a uma análise interpretativa decorrente do ratamento da informação pelo programa QSRNVivo. A análise dos dados empíricos permitem dentificar que as práticas desportivas parecem ser propagadoras de uma masculinização hegemônica, com uma mplicita aprendizagem e reconhecimento do necessário código ’masculino’ imprescindível a uma lena afirmação e aceitação do ser homem.