Educação interprofissional e trabalho em equipe na formação em Educação Física no campo da saúde
Por Rogério Cruz de Oliveira (Autor), Wladimir Barbosa Reis (Autor), Ricardo José Gomes (Autor).
Parte de Formação em saúde e educação física . páginas 201 - 221
Resumo
A formação profissional para o campo da saúde, histórica e tradicionalmente, esteve próxima à doença sob a égide de um modelo hospitalocêntrico e de racionalidade biomédica. Entretanto, em 1990, com o advento do Sistema Único de Saúde (SUS) no Brasil – calcado nos princípios da integralidade, equidade e universalidade, sendo, ainda, indutor de políticas de formação de saúde – houve um acúmulo de debate que, nesses últimos 30 anos, tem provocado um deslocamento a esse modelo. Com a promulgação da Lei de Diretrizes e Bases da Educação (LDB) (BRASIL, 1996) e a posterior criação do Plano Nacional de Educação (PNE) (BRASIL, 2001a), as Diretrizes Curriculares Nacionais (DCN) para as 14 profissões da área da saúde foram implementadas entre 2001 e 2004. Contudo, embora tenham sido criadas num contexto de pareamento com o SUS, Costa et al. (2018), que analisaram as DCN de todas as profissões da área da saúde entre 2001 e 2004, afirmam que estas mantiveram modelos tradicionais de ensino.