Educação Permanente em Saúde como estratégia para implementação do Guia de Atividade Física na Atenção Primária à Saúde do Recife-PE
Por Raquel Bezerra Pajeú (Autor).
Em XV Congresso Brasileiro de Atividade Física e Saúde - CBAFS
Resumo
O Guia de Atividade Física para População Brasileira (GAFPB) constitui referência nacional de recomendações sobre atividade física (AF). Porém, tem utilização limitada na Atenção Primária à Saúde (APS), exigindo estratégias para sua incorporação nas práticas de cuidado. A Educação Permanente em Saúde (EPS) foi importante para capacitar equipes da APS de Recife. OBJETIVO: Capacitar profissionais da APS para o aconselhamento em AF utilizando o GAFPB; fortalecer integração entre unidades de saúde e Programa Academia da Cidade (PAC). METODOLOGIA: Este estudo qualitativo descritivo relata capacitações realizadas em encontros únicos de 4 horas: junho/2023 na USF Dom Hélder Câmara (n=23); agosto/2023 na UBT Iná Rosa Borges (n=28), próximas ao polo Vila Um Por Todos. Inicialmente voltada aos Agentes Comunitários de Saúde, ampliou-se aos demais profissionais a pedido das equipes. Conduzida pela professora do PAC, incluiu: exposição dialogada sobre o GAFPB e protocolos do programa; debate/resolução de casos; diálogo sobre fortalecimento do vínculo PAC-unidades, abordando fichas de encaminhamento e reuniões para discussão de casos. Avaliações do encontro foram registradas em diários de campo, sistematizadas em eixos temáticos. Participantes destacaram a linguagem acessível do GAFPB e esclareceram suas dúvidas sobre o manejo do PAC para usuários com condições crônicas. RESULTADOS: Observou-se aproximação entre os serviços, evidenciada por aumento de encaminhamentos ao PAC, retorno aos encaminhamentos feitos pelo programa e ações conjuntas. As equipes relataram passar a aconselhar AF através do guia nas consultas e visitas domiciliares. Reuniões para discussão de casos precisam ser consolidadas. A procura de usuários com condições crônicas levou à criação de aula voltada a esse público. Como desafios, destacam-se: falta de material impresso (suprido com cards do GAFPB); tempo reduzido para discussão. CONCLUSÃO: A EPS foi eficaz para introdução do GAFPB na APS, aproximação PAC-equipes, ampliação do cuidado a grupos com condições crônicas. Evidenciou-se importância da continuidade das capacitações.
