Resumo

A hipotermia e a hipertermia são sugeridas como meios físicos para aumentar a flexibilidade. O objetivo deste estudo foi comparar o efeito desses agentes térmicos aplicados previamente a um programa de alongamentos dos músculos isquiotibiais (ITs) encurtados. Foram selecionados 42 voluntários saudáveis com encurtamento de ITs avaliados pelo teste do Banco de Wells e Dillon (BWD). A amostra foi aleatoriamente dividida em quatro grupos: G1 (controle), n: 10; sete masculinos (M); 23 ± 0,8 anos (a); 23,4 ± 0,7kg/m2; G2 (hipo+alongamentos), n: 12; 9 M; 23 ± 1,2a; 22,8 ± 0,6kg/m2, G3 (hiperalongamentos), n: 12; 10 M; 21,5 ± 0,5a; 23,17 ± 0;6kg/m2; e G4 (alongamentos), n: 8; 6 M; 24,7 ± 1,7a; 23,2 ± 0,4kg/m2. Os grupos G2, G3 e G4 foram submetidos a um programa de alongamentos estáticos, consistindo de 13 sessões (15 min cada) e seguimento de 21 dias. Cada sessão compreendeu uma série de 15 exercícios para cada membro inferior; o tempo de manutenção de cada alongamento foi de 30s e igual tempo de intervalo. Os agentes térmicos foram aplicados através de bolsas térmicas (diâmetro de 30cm) por 15 min, precedendo os alongamentos dos ITs. A temperatura foi controlada para o G2 entre 1º e 4ºC e, para o G3, de 41º a 45ºC. Observou-se que os grupos G2, G3 e G4 apresentaram aumento quantitativo na variação da flexibilidade dos ITs (BWD: G2: 10,8 ± 1,2; G3: 11,5 ± 1,4; G4: 11,07 ± 1,7cm; P < 0,01) em relação ao grupo controle (G1: -0,14cm). Não foram observadas diferenças entre os grupos que aumentaram a flexibilidade. Conclui-se que o aumento da flexibilidade se deve aos alongamentos, e independe da aplicação prévia de hipertermia e/ou hipotermia por condução.

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