Efeito Agudo da Marcha com Suporte Parcial de Peso Sobre o Comprimento de Passo de Pacientes com Doença de Parkinson

A doença de Parkinson (DP) é uma das doenças neurodegenerativas que mais acarreta distúrbios do movimento e provoca efeitos debilitantes na marcha. Entre as diferentes abordagens de treinamento específicas para marcha, a realizada em esteira com Suporte Parcial de Peso Corporal (SPPC) tem sido utilizada, e se mostrado eficaz na promoção de uma deambulação funcional. Este estudo objetivou verificar o efeito agudo da marcha em esteira com Suporte Parcial Peso Corporal (SPPC) sobre o comprimento de passo de pacientes com Doença de Parkinson (DP). Participaram do estudo quatorze indivíduos, 10 do sexo masculino e 4 do feminino, com diagnóstico de DP idiopática, classificados nos estágios de I a III da escala de Hoehn Yahr nos quais é possível a realização de marcha independente. Os indivíduos foram divididos em dois grupos: grupo controle (GC - n=7) e grupo de intervenção (GSPP - n=7). Para o grupo GSPP o treino de marcha foi em esteira com 20% de suporte de peso em velocidade de preferência pré-determinada para cada voluntário, enquanto para o GC o treino foi somente em esteira, sem associação a qualquer outro tipo de estímulo. A sessão de intervenção teve duração de 30 minutos. A avaliação da marcha em solo foi realizada antes e após a intervenção em um circuito oval onde os participantes caminharam por 5 vezes consecutivas. Foi realizado o teste estatístico ANOVA Medidas Repetidas Two Way com post Hoc de Bonferroni. Em todos os testes estatísticos foi adotado o nível de significância de p<0,05. Não foram observadas diferenças significativas entre os grupos quando se compara o uso de esteira com suporte parcial de peso e o uso somente da esteira sem a associação do suporte parcial de peso (p=0.161). Em estudos anteriores, pesquisadores evidenciaram que o uso do suporte parcial de peso na esteira se mostrou uma ferramenta importante para a melhora da marcha em indivíduos com DP que foram submetidos ao treinamento em esteira associado ao SPPC. Contudo, não foi possível comprovar se a melhora dos padrões da marcha foi devido à redução do peso corporal ou somente devido à esteira. Nosso estudo mostrou que somente a esteira já é capaz de promover melhora nos parâmetros cinemáticos avaliados, sem a necessidade do uso do SPPC. Portanto, concluímos que O SPPC não influenciou as melhoras obtidas no treino de marcha.

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