Efeito agudo da vibração de corpo inteiro no desempenho do chute Roundhouse e no salto com contramovimento em atletas competitivos de Taekwondo
Por Mariana Paulino Oliveira (Autor), Darryl Cochrane (Autor), Marcos Daniel Motta Drummond (Autor), Maicon Rodrigues Albuquerque (Autor), Pedro Augusto Santos Almeida (Autor), Bruno Pena Couto (Autor).
Em Revista Brasileira de Cineantropometria & Desempenho Humano v. 20, n 6, 2018.
Resumo
Pouco se sabe sobre o efeito da vibração de corpo inteiro (VCI) sobre o desempenho de ações esportivas específicas, como a técnica de chute do Taekwondo. Para isso, 15 atletas (10 homens e 5 mulheres; 18,6 ± 2,1 anos) realizaram dois protocolos experimentais em dias separados: A) pré-teste de salto com contramovimento (SCM), seguido de 1 minuto de exposição à frequência de 26 Hz de VCI e pós-teste de SCM; B) pré-teste de chute Roundhouse, seguido de 1 minuto de exposição à frequência de 26 Hz de VCI e pós-teste chute Roundhouse. A análise do teste t-Student foi realizada para verificar a diferença entre o desempenho pré e pós a aplicação da VCI. As médias de altura dos SCM (cm) foram 34,1 ± 6,4 pré e 34,2 ± 6,5 pós a VCI. As médias de força máxima no SCM foram 1582,6 ± 214,3 pré e 1595,7 ± 205,0 pós a VCI, enquanto as médias de Impulso (N.s) foram 283,3 ± 48,6 pré e 282,6 ± 46,6 pós a VCI. O tempo de chute (ms) foi de 219,9 ± 20,31 pré e 218,9 ± 19,81 pós a VCI. Não foram encontradas diferenças significativas em relação à aplicação de vibração mecânica para todas as variáveis. Assim, a intervenção proposta (1 minuto de VCI à 26 Hz e 6 mm) no presente estudo pode não ter sido adequada para aumentar o desempenho no teste de chute Roundhouse (p = 0,73), a altura (p = 0,80), força máxima (p = 0,78) e impulso no SCM (p = 0,38) de atletas competitivos de Taekwondo. Estudos futuros deveriam investigar novas configurações de protocolos de vibração (amplitude, frequência) e treinamento (intensidade, exercício, duração) para determinar parâmetros ótimos para melhoria do desempenho esportivo.