Resumo

A atividade física e cognição são áreas que estão cada vez mais correlacionadas. O estudo objetivou verificar e comparar os efeitos agudos de brincadeiras ativas, passivas e controle na modulação da onda N450 em escolares. 13 escolares de ambos os sexos (9,5±0,8anos; 32,05±5,9kg; 1,38±0,1m; 16,36±4,2%G) participaram de três sessões com duração de 30min em ordem randomizada: 1) Controle – sentadas assistindo um documentário (92,4±8,9bpm); 2) Brincadeiras Ativas – brincadeiras com saltos, polichinelos e corrida (152,8±16,31bpm); 3) Brincadeira Passiva – brincando sentados com jogos pedagógicos. Após isso, realizaram o teste de Stroop (GO/No-go) enquanto era adquirida a atividade elétrica cerebral através de um eletroencefalograma (EEG) e registrado o potencial relacionado a evento (PRE), calculado pelos eletrodos Fz, F3, F4, Cz, Fp1 e Fp2. A ANOVA apresentou significância na média do pico de amplitude da N450, com relação a interação do fator frontal anterior na sessão controle F(2,36)= 3,63, p= 0,04. Na condição incongruente a amplitude da N450 foi menos negativa nos eletrodos frontais nas brincadeiras ativas comparada com controle (p=0,11). Já no teste de Stroop, não foram observadas diferenças significativas do tempo de reação entre as sessões (F(1,92)=0,05, p=0,94). O controle diferiu nas respostas congruentes Go entre as sessões passiva e ativa (p=0,01), e os resultados da sessão ativa também diferiram da passiva (p=0,04). A comparação do total de erros por sessão também apresentou diferença significativa (p=0,02) entre controle e passiva (F(1,71)=8,8,p<0,05). Em conclusão, 30 min de brincadeiras ativas promoveram menor conflito de resposta no teste de Stroop, no componente N450, com isso menor conflito de resposta no teste de Stroop nos estímulos incongruentes, além de maior ativação do córtex pré-frontal.

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