Resumo

O exercício físico promove alterações benéficas no afeto, humor, ansiedade e modifica áreas corticais específicas. O treinamento de flexibilidade, pode contribuir para a alteração de respostas psicobiológicas, auxiliando na adesão ao treinamento. O objetivo da presente investigação foi avaliar o efeito agudo do alongamento estático e alongamento por facilitação neuromuscular proprioceptiva (FNP) sobre o afeto, o humor, a ansiedade, a dor, a frequência cardíaca e a pressão arterial de jovens saudáveis. Participaram do estudo 18 jovens (18 a 30 anos), sendo nove do sexo masculino. Todos foram submetidos a três condições de forma randomizada (controle, alongamento estático passivo e alongamento por FNP). Na comparação dos momentos pré e pós das escalas POMS e IDATE, observou-se uma redução significativa do fator depressão no grupo estático (p=0,041) e dos fatores tensão (p=0,012) e hostilidade (p=0,038) no grupo FNP. Em relação à ativação, os grupos, estático e FNP, apresentaram um aumento da ativação durante o exercício e uma diminuição pós 15 exercício. As escalas de sensações e ansiedade não apresentaram diferença. Em relação à atividade cortical, foram encontradas interações significativas, condição versus momento, mostrando uma redução da atividade 15 e 30 minutos após o exercício. Na análise de assimetria foi encontrada uma interação significativa para condição versus momento em todos os pares de eletrodos homólogos, indicando maior ativação de áreas associadas a aspectos emocionais positivos nos pares de eletrodos F4F3 e P4P3. Conclui-se que tanto o exercício estático quanto o alongamento por FNP, são capazes de gerar alterações positivas no humor e de aumentar a ativação em jovens saudáveis.

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