Resumo

Treinamento resistido (TR) é reconhecido por modular a variabilidade da frequência cardíaca (VFC) e promover benefícios à saúde cardiovascular. Modelos de TR com menores volumes e intervalos podem otimizar o tempo do praticante e melhorar a adesão. Entretanto, as respostas ao TR podem variar de acordo com a prescrição. OBJETIVO: Comparar o efeito agudo de dois protocolos de TR com volume mínimo e diferentes intervalos entre séries sobre a VFC em adultos jovens ativos. MÉTODOS: Estudo com delineamento cruzado, incluiu indivíduos do sexo masculino (idade 22,7±3,4 anos), não hipertensos e não obesos (n=13), fisicamente ativos pelo Questionário Internacional de Atividade Física (IPAQ versão curta) (aprovado pelo Comitê de Ética da Instituição, CAAE: 66032422.4.3001.5159). Os participantes realizaram dois protocolos (ordem de aplicação randomizada) de TR em circuito (seis exercícios em formato de circuito, envolvendo membros superiores e inferiores, 70% de 1RM): (P1) 1 série de cada exercício e 2 min de intervalo entre séries; (P2) 1 série e 30 s de intervalo. VFC foi avaliada, em repouso, nos momentos pré e pós TR , utilizando-se frequencímetro. Posteriormente, obteve-se as variáveis no domínio do tempo RMSSD e SDNN, por meio do software Kubios HRV Scientific Lite (4.1.0). Estatística: ANOVA para modelo de medidas repetidas e Tukey (p<0,05).RESULTADOS: Não houve diferença entre os protocolos para as variáveis de VFC analisadas. Também não houve diferença entre os momentos pré e pós TR para as variáveis de VFC analisadas no protocolo P1. Entretanto, RMSSD foi menor no momento pós que no pré TR no protocolo P2 (p=0,003), sem alteração significativa de SDNN. CONCLUSÃO: Protocolo de TR com volume mínimo e intervalo entre séries curto promove alteração aguda da VFC em indivíduos jovens fisicamente ativos não hipertensos.

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