Resumo

O treinamento de flexibilidade possui efeitos neurofisiológicos, hormonais, celulares e mecânicos que podem influenciar as respostas do tecido biológico em diversas atividades como movimentos de potência, força e controle postural, podendo afetar o desempenho físico. As modificações no desempenho estão relacionadas às alterações no torque muscular produzido pelo alongamento, o qual modifica a relação força-comprimento influenciando os padrões de ativação neural dependendo do estresse imposto ao tecido biológico. O objetivo do presente estudo foi avaliar o efeito agudo do alongamento unilateral na pré-ativação e no tempo de pré-ativação durante o Bounce Drop Jump unipodal. Foram avaliados 17 indivíduos do sexo masculino (idade: 24±5 anos, estatura: 174±7 cm, massa corporal: 77,6±13 kg), o Sinal eletromiográfico e os dados da plataforma de força foram avaliados nas condições pré e pós-alongamento. A técnica de salto utilizada foi "bounce drop jump". Os sujeitos realizaram 3 bounce drop jump unipodais, para os membros inferiores alongado e não alongado, nas condições pré e pós-alongamento. O alongamento foi realizado no membro inferior dominante, com os indivíduos deitados em decúbito dorsal. A carga aguda de treino utilizada consistiu em 6 séries de 45 segundos por 15 segundos de intervalo, a intensidade foi mantida entre 70- 90% a partir do ponto de desconforto. A análise da tarefa de salto unipodal (bounce drop jump) foi realizada para ambos os membros inferiores, os resultados foram comparados entre membros e entre condições. Os resultados da amplitude de movimento mostraram diferenças significantes entre as condições pré e pós o protocolo de alongamento (média ± desvio padrão: 21,4°±5,7 e 26,5°±5, respectivamente [P<0,001, TE=1,26, U%=19,2%]). A pré-ativação apresentou redução significante entre as condições pré e imediatamente após o protocolo de alongamento no membro não alongado (P=0,015, TE=0,17, U%=28,57%). Foi observada diferença significante entre membros (alongado e não alongado) apenas imediatamente após o alongamento no membro alongado (P=0,004, TE=0,01, U%=33,33%). O tempo de pré-ativação apresentou reduções significantes entre as condições pré e imediatamente após o alongamento para ambos os membros: alongado (P=0,021, TE=0,098, U%=15,45%) e não alongado (P=0,046, TE=0,09, U%=19,7%). Não foram observadas diferenças significantes entre os membros (alongado e não alongado). Concluindo que o protocolo agudo de alongamento estático unilateral aumentou a ADM no complexo articular do tornozelo, além de reduzir o desempenho do bounce drop jump unipodal na condição imediatamente após o protocolo no membro alongado. Para o membro não alongado foi vericado um efeito cross-over após a realização do protocolo de alongamento nos sujeitos inexperientes em atividades de salto.

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