Efeito Agudo do Alongamento Unilateral na Atividade Mioelétrica do Gastrocnêmio Lateral Durante o Bounce Drop Jump Unipodal
Por J. J. Silva (Autor), W. A. G. Gomes (Autor), B. N. L. Lima (Autor), F. H. D. O. S. Silva (Autor), E. G. S. Soares (Autor), C. R. L. Lopes (Autor), Guanis de Barros Vilela Junior (Autor), P. H. M. Marchetti (Autor).
Resumo
O treinamento de flexibilidade possui efeitos neurofisiológicos, hormonais, celulares e mecânicos que podem influenciar as respostas do tecido biológico em diversas atividades como movimentos de potência, força e controle postural, podendo afetar o desempenho físico. As modificações no desempenho estão relacionadas às alterações no torque muscular produzido pelo alongamento, o qual modifica a relação força-comprimento influenciando os padrões de ativação neural dependendo do estresse imposto ao tecido biológico. O objetivo do presente estudo foi avaliar o efeito agudo do alongamento unilateral na pré-ativação e no tempo de pré-ativação durante o Bounce Drop Jump unipodal. Foram avaliados 17 indivíduos do sexo masculino (idade: 24±5 anos, estatura: 174±7 cm, massa corporal: 77,6±13 kg), o Sinal eletromiográfico e os dados da plataforma de força foram avaliados nas condições pré e pós-alongamento. A técnica de salto utilizada foi "bounce drop jump". Os sujeitos realizaram 3 bounce drop jump unipodais, para os membros inferiores alongado e não alongado, nas condições pré e pós-alongamento. O alongamento foi realizado no membro inferior dominante, com os indivíduos deitados em decúbito dorsal. A carga aguda de treino utilizada consistiu em 6 séries de 45 segundos por 15 segundos de intervalo, a intensidade foi mantida entre 70- 90% a partir do ponto de desconforto. A análise da tarefa de salto unipodal (bounce drop jump) foi realizada para ambos os membros inferiores, os resultados foram comparados entre membros e entre condições. Os resultados da amplitude de movimento mostraram diferenças significantes entre as condições pré e pós o protocolo de alongamento (média ± desvio padrão: 21,4°±5,7 e 26,5°±5, respectivamente [P<0,001, TE=1,26, U%=19,2%]). A pré-ativação apresentou redução significante entre as condições pré e imediatamente após o protocolo de alongamento no membro não alongado (P=0,015, TE=0,17, U%=28,57%). Foi observada diferença significante entre membros (alongado e não alongado) apenas imediatamente após o alongamento no membro alongado (P=0,004, TE=0,01, U%=33,33%). O tempo de pré-ativação apresentou reduções significantes entre as condições pré e imediatamente após o alongamento para ambos os membros: alongado (P=0,021, TE=0,098, U%=15,45%) e não alongado (P=0,046, TE=0,09, U%=19,7%). Não foram observadas diferenças significantes entre os membros (alongado e não alongado). Concluindo que o protocolo agudo de alongamento estático unilateral aumentou a ADM no complexo articular do tornozelo, além de reduzir o desempenho do bounce drop jump unipodal na condição imediatamente após o protocolo no membro alongado. Para o membro não alongado foi vericado um efeito cross-over após a realização do protocolo de alongamento nos sujeitos inexperientes em atividades de salto.