Efeito Agudo do Exercicio Aeróbio: Relação com o Controle Glicemico Pós Pradial
Por Frank Jesus Pereira (Autor), Nuno Manuel Frade de Sousa (Autor), Michely Vieira Andreatta (Autor), Rosângela dos Reis Siqueira (Autor), Luma Gabriely Neitzl (Autor), Victor Kulnig (Autor), Miguel de Padua Fischer (Autor), Valerio Garrone Barauna (Autor).
Em 43º Simpósio Internacional de Ciências do Esporte SIMPOCE
Resumo
Introdução: Uma dessas estratégias para atenuar o pico glicêmico pós-prandial pode ser o exercício físico, uma vez que uma única sessão de exercício é suficiente para promover o aumento na captação de glicose pela célula. Objetivo: Analisar o efeito agudo do treinamento aeróbio em relação controle glicêmico pós-prandial em indivíduos saudáveis. Metodologia: 15 homens sedentários (24,9 ± 1,2 anos; IMC 21,6 ± 2,82; HbA1c 5,5 ± 0.5%; glicose de jejum 81.1 ± 9.1 mg/dL) foram submetidos a duas intervenções, de forma randomizada: (i) exercício aeróbio intervalado em jejum (EAI; 10 min aquecimento, 7 blocos de 3 min 65-75% FCmax e 2 min 85-95% FCmax, 5 min retorno à calma); (ii) controle (CON; repouso absoluto pelo mesmo tempo de exercício). Todos os sujeitos compareceram ao laboratório em jejum de 10 horas. Foi realizado um teste de tolerância à refeição (TTR) 30 minutos após o exercício, que consistia em uma refeição de 479 Kcal (55% CHO, 30% LIP e 15% PTN). Sangue venoso foi coletado para analisar insulina, glicose e peptídeo-C tanto nas intervenções EAI e CON, no qual eram coletados os momentos pré TTR, 10, 20, 30, 60, 90 e 120 minutos pós TTR. Foi utilizado o teste de medidas repetidas de duas vias ANOVA para avaliar a interação entre intervenção e tempo. Resultados: A glicose sanguínea se manteve estatisticamente superior em relação ao pré TTR até ao momento 30 min, tanto para a intervenção CON como EAI p≤0,05(tabela 1). Entretanto, no momento 30 min, a glicose estava estatisticamente superior para CON. A insulina também apresentou concentrações sanguíneas estatisticamente superiores para CON nos momentos 60 e 120 min após TTR. Além disso, após 120 min de TTR, a insulina ainda se apresenta superior em relação ao pré para CON, ao contrário do EAI que voltou aos valores basais 120 min após TTR. Por último, o peptídeo-C também apresenta concentrações superiores para CON nos momentos 30, 60, 90 e 120 min após TTR, sendo que 120 min após a refeição ainda se encontram superiores em relação ao repouso. Conclusão: apesar da glicose sanguínea apresentar uma reposta semelhante após TTR, o retorno aos valores basais para quem realizou exercício físico é realizado com menor liberação de insulina e peptídeo-C.