Resumo

Tem sido demonstrado que o exercício intervalado de alta intensidade (EIAI) promove hipotensão pós-exercício (HPE). Porém, existe uma lacuna quanto seus efeitos em mulheres pós-menopausadas, isso se faz necessário uma vez que há elevação da pressão arterial (PA) nessa fase da vida. O objetivo do estudo foi analisar o efeito agudo do EIAI nas respostas de PA pós-exercício de mulheres pós-menopausadas. Dezoito mulheres pós-menopausadas (52 ± 4 anos), com risco cardiovascular baixo (94,5%) ou moderado (5,5%) ao exercício físico, foram aleatorizadas em um delineamento crossover em duas sessões experimentais: controle-CO (16min de deambulação mínima) e EIAI (4 tiros máximos de corrida de 30 segundos, intercalados por 4min de recuperação). Medidas em triplicata da PA foram realizadas pré (aos 5 e 15min) e pós-intervenção (aos 5, 15, 30, 45 e 60 minutos), na sequência, a voluntária foi paramentada com o medidor ambulatorial de pressão arterial, permanecendo por 18 horas. Não houve alteração na PAS de repouso (pré: 111 ± 10 vs. pós: 109 ± 9 mmHg, p>0,05) e ambulatorial (CO= 18 horas: 115 ± 3; vigília: 120 ± 5; sono: 103 ± 4 mmHg vs. EIAI= 18 horas: 114 ± 4; vigília: 119 ± 4; sono: 102 ± 4 mmHg; p>0,05). Houve um aumento transiente da PAD no quinto minuto pós-exercício (CO= 69±6 vs. EIAI= 72±6 mmHg, p<0,05) que foi reestabelecido nos momentos seguintes, p>0,05. A FC (CO= P60 80±8 vs. EIAI= P60 91±6 bpm, p<0,05) e o DP (CO= P60 7779 ± 795 vs. EIAI= P60 9876 ± 976 bpm.mmHg, p<0,05) pemaneceram elevados durante os 60min de recuperação pós-exercício e no período de vigília (CO= 77 ± 3 vs. EIAI= 81 ± 3 bpm; p<0,05; CO= 9337 ± 504 vs. EIAI= 9748 ± 631 bpm.mmHg, p<0,05). O EIAI atenuou a ascensão matutina da PA (CO= 31 ± 13 vs. EIAI= 28 ± 11 mmHg, p<0,05). Houve grande heterogeneidade de respostas para a PA de repouso e ambulatorial (50% responsivas à HPE para a PAS). Conclui-se que uma sessão de EIAI não promove HPE, mas atenua a elevação matutina da PA ambulatorial de mulheres pós-menopausadas.

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