Resumo

Introdução: A laserterapia de baixa potência tem entre seus propósitos auxiliar a recuperação de tecidos biológicos, atenuando os efeitos da fadiga muscular e contribuindo com a melhora do desempenho em atletas. Aspectos metodológicos ainda limitam as conclusões do efeito agudo da laserterapia sobre o desempenho muscular. Objetivo: Verificar o efeito agudo do laser terapêutico de baixa potência na fadiga induzida do bíceps braquial de atletas de voleibol. Métodos: Este foi um estudo randomizado e duplo-cego, aprovado pelo Comitê de Ética da UNESP de Marília. Participaram do estudo 19 atletas de voleibol de ambos os sexos. Realizou-se coleta de dados eletromiográficos do músculo bíceps braquial no exercício isométrico de flexão de cotovelo antes e após a aplicação do laser terapêutico. Um haltere com 75% do pico de força, obtido por uma célula de carga, foi utilizado para o protocolo de fadiga. Em seguida, os voluntários foram submetidos à aplicação do laser (ativo ou placebo) em seis pontos do músculo bíceps braquial. Os dados eletromiográficos foram analisados no domínio da frequência, utilizando-se o software Myosystem®. Verificou-se a distribuição de normalidade dos dados pelo teste de Shapiro-Wilk, e utilizou-se Anova (split plot) de medidas repetidas a fim de testar a interação entre tempo e grupo. Resultados: Para nenhuma das variáveis analisadas foi observada interação significativa entre grupo e tempo, indicando que o grupo irradiado não apresentou vantagens com relação ao grupo placebo. Conclusão: Após o protocolo de fadiga proposto, uma única aplicação de laser de baixa potência não foi suficiente para produzir efeitos positivos no desempenho de força e no sinal eletromiográfico do músculo bíceps braquial de atletas de voleibol.

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