Resumo

Introdução: a natação é um dos esportes mais populares e competitivos em todo o mundo, e tem a velocidade como um fator primordial para um bom desempenho dos atletas nas competições. Dessa forma, torna-se necessário buscar novas intervenções que possam melhorar esse desempenho, como a estratégia de pré-condicionamento isquêmico (PCI). Objetivo: analisar o efeito agudo do PCI na velocidade de atletas de natação em uma prova de 100 metros. Procedimentos metodológicos: participaram deste estudo, 12 indivíduos saudáveis e praticantes de natação, há pelo menos 3 anos, submetidos a 4 grupos de forma aleatorizada: a) pré-condicionamento isquêmico nos membros superiores; b) pré-condicionamento isquêmico nos membros inferiores; c) précondicionamento isquêmico nos membros superiores e inferiores; d) sem précondicionamento isquêmico (controle). A sessão de PCI foi realizada de forma bilateral nos membros superiores e inferiores e em decúbito dorsal. Utilizou-se 80% da pressão necessária para restrição total do fluxo sanguíneo, exceto no protocolo controle, onde o manguito foi posicionado nos membros superiores e inferiores, e o ciclo de restrição consistiu em inflar o manguito a 10% da pressão necessária para restrição total do fluxo sanguíneo por 2 minutos, seguido por 1 minuto a 80% e mais 2 minutos a 10%, totalizando 5 minutos, alternado com 5 minutos de reperfusão (0 mmHg). Foram realizados 4 ciclos de restrição, de 5 minutos cada, alternados com 5 minutos de reperfusão (0 mmHg), resultando em uma intervenção total de 40 minutos. Foram analisadas as variáveis de frequência cardíaca (DP), duplo produto, lactato sanguíneo e o tempo dos atletas. Os dados foram analisados no pacote estatístico computadorizado Statistical Package for the Social Science (SPSS - 21.0) e foram apresentados em média e desvio padrão. O nível de significância adotado foi de P ≤ 0,05. Resultados: houve um aumento significante tanto da FC como do lactato após a prova de 100m em todos os protocolos aplicados (P<0,001). Na comparação do tempo da prova de 100 metros não houve diferença entre os protocolos experimentais (P>0,05). Conclusões preliminares: o PCI não foi capaz de melhorar o tempo dos atletas de natação em uma prova de 100 metros no nado crawl, independente do protocolo aplicado, bem como não apresentou redução nos níveis de lactato sanguíneo.

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