Efeito Agudo no Desempenho de Força na Cadeira Extensora em Resposta Ao Alongamento Estático dos Músculos Antagonistas: Um Estudo Experimental
Por Amanda Gomes (Autor), Luiz Henrique da Silva Lins (Autor).
Em Revista de Educação Física - Centro de Capacitação Física do Exército v. 89, n 1, 2020.
Resumo
Introdução: Praticantes de musculação, de todos os níveis, buscam estratégias eficazes e eficientes para otimizar o treinamento de força. Nesse contexto, o alongamento estático nos músculos antagonistas como aquecimento parece proporcionar melhorias no desempenho de força nos músculos agonistas.
Objetivo: Avaliar o efeito agudo no desempenho de força de quadríceps, no movimento de extensão de pernas, na cadeira extensora, em resposta ao alongamento estático dos músculos antagonistas (isquiotibiais).
Métodos: Estudo experimental, com amostra por conveniência, do qual participaram 14 homens, com experiência em TF. Foram aplicados teste e reteste de 10 repetições em carga máxima (10RM). Antes do treinamento de força, foram realizaram dois protocolos com intervalo de 48-72 h, nos quais, durante o aquecimento foram aplicados dois protocolos distintos: a) O tradicional (TR) sem alongamento estático dos músculos antagonistas; e b) com alongamento estático dos isquiotibiais (AEI), os antagonistas aos músculos quadríceps.
Resultados: Não houve diferenças significativas no volume total de trabalho (VTT) entre os protocolos TR (1727,86±697,05Kg) e AEI (1782,14±719,21Kg). No protocolo TR, foram encontradas diferenças significativas no número de repetições das 1ª (9,93±0,27; p=0,001) e 2ª (9,21±0,97; p=0,030) séries em relação ao número de repetições da 3ª série (8,21±1,25). No protocolo AEI, foram encontradas diferenças significativas no número de repetições da 1ª (10,14±0,36) série em relação ao número de repetições das 2ª (9,14±1,10; p=0,010) e 3ª (8,86±1,41; p=0,012) séries.
Conclusão: Em conclusão, realizar 40s de alongamento estático nos isquiotibiais não parece prejudicar o desempenho muscular na cadeira extensora.