Efeito da Caminhada Sobre a Qualidade de Vida e Auto-eficácia de Mulheres com Síndrome da Fibromialgia
Por Ricardo de Azevedo Klumb Steffens (Autor), Bruno Ribeiro do Vale (Autor), Alessandra Bertinatto Pinto Fonseca (Autor), Maick da Silveira Viana (Autor), Ricardo Brandt (Autor), Alexandro Andrade (Autor).
Em Revista Brasileira de Ciência & Movimento v. 20, n 1, 2012. Da página 41 a 46
Resumo
Objetivo: Verificar o efeito da prática de 10 sessões de caminhada sobre a qualidade de vida e auto-eficácia de mulheres com Síndrome da Fibromialgia (FM). Método: Participaram do estudo oito mulheres com diagnóstico clínico de FM, selecionadas de forma não-probabilística intencional. As avaliações foram realizadas antes e após 10 sessões da prática de caminhada. Os instrumentos utilizados foram o Questionário Sócio-demográfico e Clínico, o Questionário de Impacto da Fibromialgia e a Escala de Auto-eficácia para Dor Crônica. Após a verificação da normalidade através do teste Shapiro-Wilk, os dados foram tratados com estatística descritiva (freqüência, média e desvio padrão) e inferencial (teste t de Student e teste de Pearson). Resultados: A média de idade das participantes foi de 49 anos (+12,8), o impacto da síndrome da fibromialgia na qualidade de vida no pré-teste foi de 53,64 pontos e no pós-teste de 51,99 pontos (p=0,73) e a Auto-eficácia no pré-teste foi de 147,57 pontos e no pós-teste foi de 172,27 pontos (p=0,15). Em relação aos três domínios deste questionário, apenas o domínio da Auto-eficácia para lidar com outros sintomas apresentou diferença significativa entre o pré e pós-teste (p=0,02). Houve correlação negativa pós-teste (r=-0,72; p=0,042) entre o impacto da fibromialgia e a auto-eficácia. Conclusão: Apesar do curto período de intervenção realizado, a prática de caminhada melhorou o domínio da auto-eficácia para lidar com outros sintomas em mulheres com FM. Em relação à qualidade de vida, não ocorreram melhoras.