Resumo

A crescente prevalência de obesidade e sobrepeso ressalta a necessidade de intervenções para reverter esse quadro. Nesse contexto, a atividade física pode contribuir com um efeito duplo, por meio de mudanças fisiológicas agudas e crônicas: na primeira condição encontra-se o gasto energético do exercício e recuperação (EPOC - consumo excessivo de oxigênio após o exercício), e na segunda encontra-se a taxa metabólica de repouso (TMR). Dessa forma, o objetivo deste trabalho de revisão foi investigar o efeito do EPOC e da TMR como coadjuvantes nos programas de emagrecimento, buscando discutir os divergentes resultados encontrados na literatura, no que diz respeito à magnitude e duração do EPOC, bem como discutir o efeito do exercício na TMR. Os estudos demonstram, de forma geral, que o exercício de maior intensidade é capaz de promover maior EPOC, se comparado com um exercício de intensidade menor e, quando comparam o exercício resistido com o aeróbio, verifica-se maior EPOC no primeiro. Em relação às alterações da TMR, os resultados agudos mostram aumento significativo, porém os resultados em longo prazo são mais discrepantes, devido à dificuldade de mensurar essa variável, sem superestimá-la. Concluindo, a literatura aponta que a periodização de um treinamento que possa maximizar tanto o EPOC quanto a TMR podem ser importantes fatores para o emagrecimento e, embora, o custo energético dessas variáveis em uma sessão de exercício se mostre pequeno, em longo prazo poderá ser bastante significativo. No entanto, novos estudos deverão ser realizados com o intuito de confirmar essas evidências

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