Efeito Contralateral Após os Treinamentos de Força com Restrição do Fluxo Sanguíneo e de Alta Intensidade
Por Gilberto Candido Laurentino (Autor).
Em 40º Congresso Brasileiro de Ciências da Comunicação - Intercom
Resumo
Introdução: Estudos têm mostrado que o treinamento de força unilateral (ipsilateral) induz aumento da força no membro contralateral após um período de treinamento. Este fenômeno foi denominado como educação cruzada. No entanto, não é conhecido se esse fenômeno ocorre quando o treinamento de força é associado à restrição do fluxo sanguíneo. Objetivo: O objetivo deste estudo foi investigar os efeitos dos treinamentos de força com restrição do fluxo sanguíneo e de alta intensidade sobre a educação cruzada. Métodos: Quinze mulheres fisicamente ativas foram divididas em dois grupos: restrição do fluxo sanguíneo (TF-RFS = 21,3 ± 5,1 anos, 57,2 ± 5,1 kg, 165,4 ± 5,7 cm) e alta intensidade (TF-AI = 24,7 ± 6,0 anos, 56,3 ± 9,0 kg, 160,4 ± 5,7 cm). As participantes executaram o exercício de extensão de joelhos unilateral em uma das pernas (TF-RFS e TF-AI) e a perna contralateral serviu de controle (RFS-C e AI-C). Na perna TF-RFS, o exercício foi executado em 3-4 séries de 15 repetições a 20% 1RM com 80% da pressão de restrição do fluxo sanguíneo, enquanto na perna TF-AI, o exercício foi realizado em 3-4 séries de 8-10 repetições a 80% 1RM. Para ambos os grupos foi dado um intervalo de 60s entre as séries e 10 semanas de treinamento. O torque isométrico máximo (TIM) no ângulo de 60º da extensão do joelho foi avaliado antes e após o período de treinamento na perna treinada e controle. Foi utilizado a ANOVA (4x2) com p<0,05. Resultados: Somente houve aumento do TIM na perna TF-AI após o período de treinamento (p<0.019). Conclusão: Concluímos que não houve efeito contralateral nas condições com TF-RFS e TF-AI (Figura 1).