Resumo

Introdução: O manguito rotador, que é formado pelos músculos supraespinal, infraespinal, redondo menor e subescapular, tem como função promover a estabilidade dinâmica do ombro. Todavia, ainda não há consenso em relação a programas de reabilitação de lesões. Objetivo: Verificar o efeito crônico de um programa de retreinamento integrado sobre o pico de torque do manguito rotador do membro operado versus o controle após reconstrução escapular: um estudo de caso. Métodos: O estudo de caso foi realizado com um adulto jovem após a reconstrução com fixadores de uma fratura cominutiva. O voluntário realizou duas avaliações (PRÉ e PÓS) do pico de torque e déficit isométrico no dinamômetro isocinético. A avaliação isométrica consistiu em 3 series de 10 segundos de contração concêntrica de rotadores mediais (RM) e rotadores laterais (RL) e a avaliação dinâmica o avaliado realizou uma série de 10 repetições concêntrica 60º/seg de RM e RL de ombro com intervalo de 8 semanas entre as avaliações. Ao longo de 8 semanas o voluntário realizou duas vezes na semana os exercícios home-base, que foram, 1) autoliberação miofascial em romboides (LMF) em decúbito dorsal – cotovelo em Flexão; 2) LMF – Decúbito dorsal - cotovelo extensão - 3) LMF - Decúbito lateral unilateral (cotovelo flexionado e estendido) 4) Mobilidade escapular (posição da ponte) com joelho extensão/flexão 5) Rotação medial e lateral com anilha de 10 kg em decúbito dorsal; 6) Protação e retração escapular em decúbito dorsal; 7) W em isometria em decúbito ventral; 8) Excêntrico de abdução com rotação lateral unilateral do ombro na polia; 9) LMF - Decúbito dorsal cotovelo flexão; E uma vez na semana os exercício de força, que consiste em 1) Mobilidade de ombro (RM e RL) decúbito medial; 2) Mobilidade de cintura escapular 4 apoios; 3) Abdução excêntrica no plano escapular; 4) Puxada aberta no pulley; 5) Supino reto; Carga: 45% da massa corporal. O teste t pareado foi aplicada para comparar os valores pré e pós (p ≤ 0.05). Resultados: Através dos resultados obtidos na avaliação isocinética, identificamos claramente que o membro direito sofreu a reconstrução escapular, pois o mesmo apresenta valores significativamente menores que o membro esquerdo, nesse caso, o membro integro. Após 8 semanas de retreinamento, identificamos uma melhora significativa na avaliação PRÉ/POS do membro lesionado, diminuindo a diferença entre o pico de torque entre os membros. Conclusão: Um programa de retreinamento integrado é necessário para minimizar os efeitos da reconstrução escapular. Contribuindo para aumentar o pico de torque do membro lesionado e diminuir o déficit entre os membros.

Acessar Arquivo