Resumo


Este estudo tem como objetivo comparar e discutir, a partir de estudos científicos publicados, o efeito crônico do treinamento resistido sobre a pressão arterial. Foi realizada uma revisão sistemática de ensaios clínicos controlados randomizados. A busca dos artigos foi realizada nas bases de dados SciELO, PubMed e Biblioteca Virtual da Saúde. Foram selecionados artigos publicados a partir de 2015, com avaliação da pressão arterial antes e após um período de treinamento resistido e com um grupo controle. Nos 18 estudos selecionados, 551 participantes foram identificados, incluindo idosos, obesos, hipertensos, diabéticos, indivíduos com síndrome metabólica e indivíduos saudáveis, com idade média variando entre 15,4 e 87,7 anos. A maioria dos estudos selecionados realizou uma intervenção de treinamento resistido com exercícios dinâmicos tradicionais para membros inferiores e superiores, com duração de 12 semanas e frequência de 3 vezes por semana. O volume de treinamento apresentado nos estudos variou entre 1 e 5 séries de 3 a 20 repetições por exercício. A intensidade foi apresentada em percentual de uma repetição máxima, percentual de 10 repetições máximas, repetições máximas e percepção subjetiva de esforço. O intervalo de descanso entre os exercícios variou entre 30 e 180 segundos. A metanálise indicou que o treinamento resistido reduziu significativamente a pressão arterial sistólica em -3,38 mmHg ([IC 95% = -5,82; -0,95] p < 0,01; I² = 76%) e a pressão arterial diastólica em -1,95 mmHg ([IC 95% = -3,12; -0,78] p < 0,01; I² = 58%). De acordo com os resultados desta revisão, o treinamento resistido sozinho é mais efetivo em reduzir a pressão arterial de repouso do que o não treinamento, principalmente pressão arterial sistólica; com maior redução em idosos, pré-hipertensos e hipertensos. Sendo assim, o treinamento resistido pode ser um método a ser indicado na prevenção e tratamento da hipertensão arterial sistêmica.
 

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