Efeito da Acupuntura nos Níveis de Força de Preensão em Atletas de Jiu-jitsu – Estudo Experimental
Por Denise Veloso Queiroz Moreira (Autor), Luciana Mara Silva (Autor), Daniella Thais Casagrande (Autor).
Em Revista Brasileira de Ciência & Movimento v. 27, n 3, 2019.
Resumo
Jiu-jitsu é um esporte de contato direto com o adversário, que exige dos atletas torções e movimentos musculares rápidos e com grande esforço muscular. Durante a luta de Jiu-jitsu, o atleta encontra-se em contato com o adversário na maior parte do tempo e, para manter essa posição, necessita de realizar movimentos sucessivos de preensão, o que demonstra a importância de uma função muscular adequada para esse movimento específico. A acupuntura está se expandindo, com demanda crescente no ambiente esportivo não só como método de tratamento, mas também como terapia de melhoria no desempenho físico. O objetivo foi avaliar o efeito imediato da acupuntura nos níveis de força de preensão manual em atletas de Jiu-jitsu. O estudo foi do tipo ensaio clinico-experimental, cego por parte de um dos avaliadores, com avaliação quantitativa. Participaram deste estudo 16 atletas, idades de 18 a 45 anos, de ambos os sexos. Os voluntários foram alocados de forma aleatória em alternância sequencial em um dos dois grupos: Grupo 1: Intervenção (GI n=8) e Grupo 2: Controle (GC n=8). Os acupontos selecionados neste estudo foram IG4 (Hegu) e TA5 (Waiguan). Todos os participantes realizaram o teste de dinamometria antes e após a intervenção. Foram utilizadas agulhas filiformes descartáveis 0,25X30mm. Os resultados mostraram que houve variação na força entre os momentos antes versus pós intervenção, sendo maior no GI de 2,83 (kgf) para a força da preensão na mão direita (p=0,01) e 1,44 (Kgf) para a preensão da mão esquerda (p= 0,25) e o GC apresentou variação de 0,44(kgf) (p=0,79) na preensão da mão direita e 0,31(kgf) (p=0,82) para a preensão da mão esquerda. Conclui-se que o grupo que recebeu agulhamento nos acupontos selecionados apresentou alteração na força (kgf) da preensão de ambas as mãos de forma mais significativa que o grupo que não recebeu acupuntura.