Efeito da Atividade Esportiva Sistematizada Sobre o Desenvolvimento Motor de Crianças de Sete a 10 Anos
Por Camila Ramos dos Santos (Autor), Carla Cristiane da Silva (Autor), Mara Laiz Damasceno (Autor), Josiane Medina Papst (Autor), Inara Marques (Autor).
Em Revista Brasileira de Educação Física e Esporte (até 2003 Revista Paulista de Educação Física) v. 29, n 3, 2015. Da página 497 a 506
Resumo
Atividades físicas programadas na infância são reconhecidas por ocasionar mudanças nos diversos aspectos do desenvolvimento das crianças. Assim, o presente estudo objetivou verificar o impacto da atividade esportiva programada de ballet clássico e de futsal sobre indicadores de motricidade global e de equilíbrio em crianças. A amostra foi composta por 160 crianças entre sete e 10 anos de idade. Oitenta crianças de ambos os sexos foram selecionadas no ambiente escolar e compuseram os grupos de escolares, caracterizado pela prática exclusiva de Educação Física escolar. Os grupos vinculados à prática esportiva foram compostos por 40 crianças do sexo feminino, praticantes de "ballet" clássico e 40 do sexo masculino, praticantes de futsal, caracterizando os grupos de prática sistematizada. Para a avaliação motora foram aplicados os testes de motricidade global e equilíbrio da Escala de Desenvolvimento Motor "EDM". Além disso, o questionário de atividade física habitual foi utilizado para calcular o gasto energético. A distribuição dos dados foi verificada através do teste Shapiro-Wilk, e em seguida foram aplicados os testes não-paramétricos Kruskall-Wallis com post hoc U de Mann-Whitney, Wilcoxon e Qui-Quadrado de Pearson. O nível de significância foi estabelecido em 5% (p ≤ 0,05). Resultados significantes foram encontrados entre os grupos de prática sistematizada com índices classificados como superiores e percentuais maiores em Idade Motora em Motricidade Global (IMMG) e Idade Motora em Equilíbrio (IME) do que idade cronológica (IC). Conclui-se que as crianças praticantes de atividades esportivas demonstraram superioridade nos testes aplicados quando comparados ao grupo controle, em que mais de 65% apresentam classificação normal.