Resumo

O objetivo do estudo foi verificar o efeito de um protocolo de auto liberação miofascial sobre a recuperação de atletas após a partida de futebol feminino profissional. Participaram do estudo 10 jogadoras profissionais de futebol de uma equipe da cidade de Belo Horizonte – MG, com idade média de 23,6 ± 5,4 anos, altura 161,7 ± 6,5 cm e massa corporal 58,5 ± 6,4 Kg. As atletas participaram de duas situações do estudo, auto liberação miofascial (ALM) e controle (recuperação passiva). Na situação ALM as atletas realizaram um protocolo de auto liberação miofascial no dia seguinte ao jogo, utilizando um rolo rígido sobre os grupos musculares quadríceps, adutores, isquiotibiais, banda iliotibial, glúteo e gastrocnêmio. A duração do protocolo foi de aproximadamente 25 minutos com uma cadencia estipulada em 1 movimento de rolamento a cada 1,2 segundos. Foram monitoradas as variáveis perceptivas (TQR, DMIT, BRAMS), mecânicas (SCM e Sprint 10 e 20 m) e fisiológica (CK) nos momentos pré-jogo, pós-jogo 24 e 48 h. Para comparação das duas situações do estudo (ALM e controle) foi realizado uma análise de variância (ANOVA) de medidas repetidas, com o teste post hoc de Bonferroni com α < 5 % e foi calculado o tamanho do efeito pelo ETA parcial ao quadrado (ɳ��2). Não foi encontrada interações significativas situação x momento entre as duas situações de estudo para as variáveis perceptivas TQR (p = 0,664, ɳ��2 = 0,044), DMIT (p = 0,845, ɳ��2 = 0,140), BRAMS fadiga (p = 0,507, ɳ��2 = 0,073) e BRAMS vigor (p = 0,644, ɳ��2 = 0,048) e para as variáveis mecânicas SCM (p = 0,789, ɳ��2 = 0,026), Sprint 20 m (p = 0,140, ɳ��2 = 0,196) e Sprint 10 m (p = 0,253, ɳ��2 = 0,142). A variável fisiológica CK apresentou interação significativa (p = 0,001, ɳ��2 = 0,543), com maiores valores no momento 24 h para a situação controle. Os resultados encontrados mostraram que uma única sessão de liberação miofascial realizada 24 h após uma partida de futebol não acelerou o processo de recuperação das atletas.

Acessar