Efeito da Dança do Ventre na Imagem Corporal e Autoestima de Mulheres com Câncer de Mama – Estudo Piloto.
Por Micheli Carminatti (Autor), Leonessa Boing (Autor), Bruna Leite (Autor), Fabiana Flores Sperandio (Autor), Thainá Korpalski (Autor), Tatiana de Bem Fretta (Autor), Alice Erwig Leitão (Autor), Jéssica Moratelli (Autor), Danielly Yani Fausto (Autor), Juliana Araujo Klen (Autor), Adriana Coutinho de Azevedo Guimarães (Autor).
Em Revista Brasileira de Medicina do Esporte v. 25, n 6, 2019.
Resumo
Introdução
O câncer de mama traz inúmeras consequências para a vida das mulheres e a atividade física pode ser benéfica neste período.
Objetivos
Analisar a influência da dança do ventre na imagem corporal e autoestima das mulheres durante e após o tratamento do câncer de mama.
Métodos
Participaram do estudo 19 mulheres, divididas em grupo controle (oito mulheres) e grupo experimental (11 mulheres), diagnosticadas com câncer de mama em tratamento ou após o-tratamento no Centro de Pesquisas Oncológicas (CEPON). Para a coleta de dados, utilizou-se um questionário dividido em três blocos: a) informações gerais - caracterização sociodemográfica e clínica; b) imagem corporal - Body Image After Breast Cancer; e c) autoestima - Escala de Autoestima de Rosenberg. O grupo experimental foi submetido a uma intervenção com aulas de 60 minutos de dança do ventre, duas vezes por semana, por um período total de 12 semanas. O grupo controle apenas manteve suas atividades de rotina.
Resultados
Houve mudanças significativas na melhora da imagem corporal no período pré- e pós-intervenção do grupo experimental, nas escalas de estigma corporal (p=0,017) e transparência (p=0,021). Não houve modificações em relação à autoestima. O grupo controle não apresentou mudanças tanto na imagem corporal quanto na autoestima.
Conclusão
Percebeu-se a influência da dança do ventre na melhora da imagem corporal das mulheres após 12 semanas de intervenção. Dessa maneira, entende-se que a prática de uma atividade física pode auxiliar essas mulheres após o câncer de mama e deve ser incentivada por profissionais de saúde desta área. Nível de evidência II; Estudos terapêuticos–Investigação dos resultados do tratamento.