Resumo

Introdução: A Doença de Alzheimer (DA) é caracterizada por sintomas cognitivos e comportamentais, além de limitações físicas e funcionais. A Equoterapia é uma atividade que envolve aspectos físicos e cognitivos e tem sido utilizada como uma abordagem terapêutica em diversas patologias. Objetivo: Avaliar os efeitos da equoterapia no equilíbrio, capacidade funcional, cognição, aspectos emocionais, sociais e comportamentais, de idosos com Alzheimer e seus cuidadores. Método: Participaram do estudo 9 idosos com DA, de ambos os sexos, com média de idade de 79,7 ± 7,82 anos, que realizaram 20 sessões de equoterapia. Os instrumentos utilizados para avaliação foram: plataforma de força, Timed Up and Go (TUG), teste de sentar e levantar da cadeira em 30seg (TSL-30seg), fluência verbal, diário de campo e entrevista semiestruturada. Resultado: Houve melhora significativa no equilíbrio (COPy, p = 0,017; r = 0,75) e capacidade funcional (TUG, p = 0,036; r = 0,43. TSL-30seg, p = 0,012; r = 0,80). Por meio da entrevista semiestruturada foi detectado que a vivência do diagnóstico está atrelada à estigmas relacionados a aspectos físicos, cognitivos, além de uma sobrecarga emocional. Nesse cenário a equoterapia proporcionou alterações sociais, comportamentais e emocionais. Conclusão: A experiência com a equoterapia gerou confiança e disposição para atividades cotidianas, permitindo interação social e troca de experiências, além da melhora do equilíbrio e capacidade funcional.

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