Efeito da idade relativa na potência muscular em jovens brasileiros: um estudo de população
Por Gabriel Gustavo Bergmann (Autor), Júlio Brugnara Mello (Autor), Adroaldo Cezar Araujo Gaya (Autor), Fabiano de Souza Fonseca (Autor), Amanda Franco da Silva (Autor), Gustavo Dias Ferreira (Autor), Eraldo dos Santos Pinheiro (Autor).
Em Revista Brasileira de Cineantropometria & Desempenho Humano v. 26, 2024.
Resumo
Este estudo teve como objetivo examinar o efeito da idade relativa na potência muscular em crianças e adolescentes brasileiros. A amostra foi composta por 87.766 meninas e meninos com idades entre 7 e 16 anos. Os participantes foram agrupados em quatro subgrupos etários dentro de cada idade cronológica tendo como base as datas de nascimento e da coleta dos dados. A potência muscular dos membros superiores e inferiores foi avaliada por meio dos testes de arremesso de medicine ball de 2 kg, e salto horizontal, respectivamente. A distribuição normativa (fraco; razoável; bom; muito bom; excelente) dos dois testes de potência foi utilizada para a classificação. Os resultados mostraram associação significativa entre os subgrupos etários e a classificação normativa da potência muscular. Entre os meninos, houve aumento na frequência de indivíduos classificados como “muito bom/excelente” à medida que a idade relativa aumentava. Uma tendência semelhante foi observada entre as meninas. Os achados forneceram evidências do efeito de idade relativa na potência muscular de crianças e adolescentes brasileiros. Esses resultados têm implicações práticas na organização de atividades físicas estruturadas e esportes em diferentes contextos, pois indivíduos nascidos mais cedo podem ter vantagem no desempenho em tarefas que exijam potência muscular. Mais pesquisas são necessárias para explorar os mecanismos subjacentes e intervenções que possam mitigar o efeito de idade relativa e promover oportunidades iguais para todas as crianças e adolescentes nas atividades físicas e esportes.