Resumo

Este estudo teve como objetivo examinar o efeito da idade relativa na potência muscular em crianças e adolescentes brasileiros. A amostra foi composta por 87.766 meninas e meninos com idades entre 7 e 16 anos. Os participantes foram agrupados em quatro subgrupos etários dentro de cada idade cronológica tendo como base as datas de nascimento e da coleta dos dados. A potência muscular dos membros superiores e inferiores foi avaliada por meio dos testes de arremesso de medicine ball de 2 kg, e salto horizontal, respectivamente. A distribuição normativa (fraco; razoável; bom; muito bom; excelente) dos dois testes de potência foi utilizada para a classificação. Os resultados mostraram associação significativa entre os subgrupos etários e a classificação normativa da potência muscular. Entre os meninos, houve aumento na frequência de indivíduos classificados como “muito bom/excelente” à medida que a idade relativa aumentava. Uma tendência semelhante foi observada entre as meninas. Os achados forneceram evidências do efeito de idade relativa na potência muscular de crianças e adolescentes brasileiros. Esses resultados têm implicações práticas na organização de atividades físicas estruturadas e esportes em diferentes contextos, pois indivíduos nascidos mais cedo podem ter vantagem no desempenho em tarefas que exijam potência muscular. Mais pesquisas são necessárias para explorar os mecanismos subjacentes e intervenções que possam mitigar o efeito de idade relativa e promover oportunidades iguais para todas as crianças e adolescentes nas atividades físicas e esportes.

 

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