Efeito da Idade Relativa no Rugby Masculino Brasileiro
Por Bruna Aguera Reina (Autor), Larissa Registro da Costa (Autor), Jaqueline Freitas de Oliveira Neiva (Autor), Marcelo Massa (Autor), Renato Alves da Costa (Autor).
Em 40º Simpósio Internacional de Ciências do Esporte SIMPOCE
Resumo
Introdução: Jovens atletas nascidos nos primeiros meses do ano tendem a ter vantagem na seleção e promoção de talentos quando comparados a atletas de mesma idade nascidos nos últimos meses do ano.
Objetivo: O presente estudo teve como objetivo analisar essa tendência descrita na literatura como o efeito da idade relativa (EIR), em 7.705 atletas do sexo masculino federados (das categorias de base e adulto) na Confederação Brasileira de Rugby (CBRu) no ano de 2015. Métodos: Para a elaboração do estudo, foram coletadas junto a Confederação Brasileira de Rugby (CBRu), as datas de nascimento de 7.705 atletas federados (das categorias de base e adulto) no ano de 2015. As datas de nascimento foram agrupadas, sendo: entre Janeiro e Março para o 1º Quartil; entre Abril e Junho para o 2º Quartil; entre Julho e Setembro para o 3º Quartil e entre Outubro e Dezembro para o 4º Quartil. A análise dos dados foi realizada conforme a observação dos seguintes grupos: i) Confederação Brasileira de Rugby: masculino, total; ii) Confederação Brasileira de Rugby: masculino sub9, sub11, sub13, sub15, sub17, sub19 e adulto; iii) Quatro melhores equipes classificadas no Campeonato Brasileiro de Rugby Masculino/ Adulto. O teste Qui-Quadrado (x2) foi adotado para a comparação entre a distribuição esperada e a distribuição observada. De acordo com a análise realizada, para todos os grupos verificados, não foi observada diferença significativa para a distribuição de nascimentos entre os quartis do ano (p>0,05). Resutados: Os resultados encontrados indicaram que o EIR não esteve presente no agrupamento de atletas federados na Confederação Brasileira de Rugby, tanto no grupo total, como também nos demais estrados observados (separados por categorias competitivas e equipes melhores classificadas). Conclusão: O EIR não apresentou diferença significativa neste estudo, possivelmente devido à: menor valorização social, popularização e desenvolvimento do Rugby nacional; menor concorrência por vaga nas categorias de base; efeito do treinamento a longo prazo e da promoção de talentos, eliminando atletas nascidos nos primeiros trimestres do ano que não tiveram a evolução esperada; presença de trabalhos adequados de treinamento que diminuam a interferência negativa do EIR na evolução das futuras gerações de atletas.